Política em Três Tempos - por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – SOLUÇÃO FINAL E aí leitor, está para lá de esmorecido, desencantado com o mundo, desiludido com a humanidade e fulo da vida com tudo isso que está aí? Está farto de ver os Renans deste país abusar da impunidade, cansado de assistir o presidente Lula se comportar diante das patifarias do seu governo qual bagre ensaboado e bastante aborrecido com a crise de ética que grassa entre todos os poderes da nação? E até você, que pensava não ter culpa no cartório, agora chegou a conclusão que não é flor que se cheire porque se sente responsável pelo aquecimento global e pela extinção da vida selvagem? Enfim, o considerado quer mais é que tudo se exploda, mas não tem a menor idéia do que pode fazer para ajudar que isso aconteça? Pois seus problemas acabaram – e isso não é uma piada. Numa primeira alternativa, com a ressalva de que é necessário renunciar à violência. Nesse caso, o companheiro pode começar se alistando no “The Voluntary Human Extinction Movement (VHEMT)”, cuja tradução é algo como “Movimento pela Extinção Humana Voluntária”, conhecido ainda como “Veemente” – que vem a ser a pronúncia lá da sigla em inglês. Pois bem. De acordo com o texto de apresentação no site do pessoal, cujo endereço é www.vhemt.org, a extinção humana voluntária é a alternativa humanitária aos desastres humanos. Sacou? Depois de constatar que um vírus dificilmente acabaria com todas as pessoas e que a guerra também não o faria, além de que "matar é imoral", o VHEMT defende que o ser humano deixe de se reproduzir. “Não discorremos sobre como a raça humana mostrou ser um parasita ganancioso e amoral sobre a então saudável face deste planeta. Esse tipo de negativismo não oferece solução aos inexoráveis horrores causados pela ação humana”, comentam. “Cada vez que alguém decide não acrescentar outro de nós aos bilhões (que continuam a se multiplicar) já ocupando este planeta deformado, um raio de luz brilha pelas trevas”, pregam os partidários do VHEMT, cujo lema é “Que possamos viver muito, e desaparecer”. 2 – PRIMEIRA GLÓRIA De acordo com Les U. Knight, pseudônimo de uma espécie de líder do grupo, “quando toda criatura humana escolher parar de procriar, a biosfera terrestre poderá voltar a sua primeira glória, e todas as criaturas restantes serão livres para viver, morrer, evoluir (se é que crêem na evolução) e talvez deixarem de existir, como tantos outros ‘experimentos’ da Mãe Natureza fizeram pela trajetória dos tempos. A ecologia terrestre terá sua boa saúde restaurada à ‘forma de vida’ conhecida por muitos como Gaia”. Mais adiante Knight observa, indaga e esclarece: “Muitos vêem graça no VHEMT e acham que não podemos estar falando sério sobre extinção humana voluntária, mas apesar da seriedade da situação e do movimento, há espaço para o humor. Ademais, sem humor, a condição da Terra torna-se deprimente demais - um pouco de leveza alivia a gravidade. É verdade que a extinção próxima da vida selvagem e a morte diária de 40.000 crianças não são piadas, mas risos ou lamúrias não mudarão o que acontece. Por que não nos divertirmos enquanto trabalhamos por um mundo melhor? Além disso, fazer tornar a Terra ao seu esplendor natural e encerrar o sofrimento inútil da humanidade são pensamentos positivos - não há lógica em ficar choramingando sobre a nossa perdição”. “Os voluntários do VHEMT são realistas. Sabemos que jamais veremos o dia em que não haverá mais seres humanos no planeta. Mas nosso objetivo é a longo prazo. Tem-se considerado que há somente duas chances de que todo o mundo se torne voluntário e pare de procriar - mínima e nenhuma. As chances podem estar contra a preservação da vida na Terra, mas a decisão de parar de se reproduzir ainda é a correta, moralmente. Mesmo que a nossa chance de sucesso fosse uma em cem, nada aconteceria se não tentássemos antes. Desistir e permitir à humanidade seguir seu próprio caminho seria leviandade. Há muito, muito em jogo. O movimento pode ser considerado um sucesso a cada vez que outro dos voluntários decide não procriar mais”. 3 – BOMBA DO BEM Com toda certeza levando em conta essa hipótese, ou seja, pensando em um mundo sem humanos, o jornalista americano especializado em ciência Alan Weisman passou mais de três anos viajando por todo o planeta, falando com cientistas e especialistas para tentar imaginar como seria o cenário. Segundo tradução (UOL-Mídia Global) de um texto publicado pelo jornal “La Vanguardia”, concluiu, num livro intitulado “O Mundo Sem Nós”, que em menos de 300 anos, cervos, ursos, lobos e todas as espécies de animais selvagens migrariam para as cidades. Por outro lado, os ratos e as baratas - que vivem dos restos humanos – simplesmente desapareceriam. A selva de asfalto acabaria se tornando uma selva de verdade e a natureza ganharia terreno. Weisman insiste no rastro envenenado do ser humano. O CO2 emitido em excesso na atmosfera demoraria 100 mil anos para desaparecer. A quantidade de plástico existente no planeta delongaria outros milhares de anos para se degradar. Os reatores nucleares das 441 centrais que existem no mundo se superaqueceriam e acabariam se incendiando ou fundindo. A radiatividade duraria milênios. A tradução informa ainda que apesar do sucesso de vendas, a obra recebeu críticas severas. “Agora que decidiram que quase qualquer aspecto da existência humana - dirigir, comer carne, acender a luz, ter filhos, respirar... - é ruim para o meio ambiente, os verdes levarão o argumento até as derradeiras conseqüências. O problema é a existência humana", escreveu "The Wall Street Journal” em editorial. E aí, para quem acredita mesmo que o problema é a existência humana e acha que a proposta do VHEMT é muito devagar, uma grande novidade fica por conta das Forças Armadas da Rússia, que anunciaram nesta terça-feira (11) ter testado com absoluto sucesso uma bomba convencional com potência e eficácia iguais aos da bomba atômica. Ocorre que, segundo os militares russos, a bomba tem uma grande vantagem sobre as armas nucleares, porquanto não contamina o meio ambiente. É o que se poderia chamar de bomba do Armagedom ecologicamente correta – mata sem poluir. Que maravilha! Um artefato capaz de extinguir essa raça de parasitas gananciosos deixando o planeta intacto. Perfeito!
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