Artigo- A incúria que mata- Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Aumentam os riscos de a dengue fazer mais vítimas no Estado de Rondônia. A epidemia cresceu 484% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão do Ministério da Saúde. A fonte é o jornal O Estado de São Paulo. A matéria foi repercutida no jornal eletrônico Tudo Rondônia. Na capital, a situação é de calamidade pública. Só falta Sobrinho assinar dois decretos. O primeiro, reconhecendo o estado de penúria pelo qual passa o sistema. O segundo, exonerando o secretário da dengue, enfermeiro Sid Orleans. Desde o surto inicial da doença, que Orleans mergulhou num profundo processo de letargia. Sua atuação tem sido medíocre, inclusive no que concerne em mobilizar todos os segmentos da sociedade. A conduta de Orleans, portanto, é deplorável, embora haja quem diga que ele vem realizando um trabalho “esplêndido” à frente da Secretaria Municipal de Saúde. De duas uma: excesso de miopia ou bajulação, ou as duas coisas juntas. A reunião realizada recentemente na Igreja São Luiz Gonzaga, contudo, revelou que não basta o entusiasmo para sustentar qualquer luta, nem os resultados esperados serão alcançados com simples manifestações de boa vontade ou atuação incansável. É preciso muito mais. Verifica-se, nesse particular, que os movimentos empreendidos até o momento têm grande dose de voluntarismo e, por isso, não acenam resultados tão positivos quanto seria de esperar. Tanto Sobrinho quanto Sid já foi advertido a respeito do assunto, mas ambos insistem em fazer ouvido de mercador, diante do flagelo que assola a população portovelhense. Aos incautos, Sid garante que o problema está sob controle, mas não apresenta dados concretos que indiquem o êxito das ações eventualmente desenvolvidas pela pasta que comanda no combate à epideminia de dengue, dentre outras enfermidades, como a malária, por exemplo. É um blefe atrás do outro, uma mentira atrás da outra. Orleans mentiu para a população, quando esteve na Câmara de Vereadores de Porto Velho e apresentou números que não correspondem à realidade. Igualmente, mentiu para os servidores da Secretaria Municipal de Saúde, quanto prometeu implantar o Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos da Categoria. Em vez disso, deixou-o mofar numa das gavetas da incompetência oficial. Verdadeiramente, não foi ele capaz de colocar as coisas em seus devidos lugares, evitando, destarte, que o problema chegasse ao ponto que em chegou, com a população sendo absurdamente penalizada. De pouco adianta contar com recursos financeiros abundantes, tecnologia sofisticada, pessoal qualificado, se às ações falta o fio condutor que as leva a um objetivo comum. Fora disso, porém, ter-se-á tudo, menos a remoção das dificuldades e o êxito de qualquer providência governamental.
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