Política em Três Tempos - Por: Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – RACHA PALACIANO *Não obstante ter catapultado três políticos do seu palanque de campanha eleitoral direto para as ribaltas do Congresso Nacional – o senador Expedito Júnior e os deputados federais Moreira Mendes e Lindomar Garçom (os dois primeiros eleitos pelo PPS e o terceiro pelo PV) -, o governador Ivo Cassol (PPS) não consegue fazê-los se entender. Principalmente no que diz respeito às questões partidárias e, por conseqüência, ao posicionamento em relação ao governo federal. Encerrado o 2º turno das eleições, os planos do Palácio Presidente Vargas prognosticavam que os três se juntassem para apoiar o governo do presidente Lula da Silva, de preferência sob uma mesma sigla, mas não necessariamente. Nem bem a legislatura foi inaugurada e o que se assiste é a uma dispersão entre os aliados de Cassol em Brasília. *O racha em andamento – o põe andamento nisso – acontece justamente entre os dois parlamentares que foram eleitos junto com o governador pelo mesmo partido, o senador Expedito Junior e o deputado Moreira Mendes, ambos já instalados de mala e cuia em partidos antagônicos no plano federal. E pelo que se ouve falar do entusiasmo de cada um com as legendas que escolheram para legiferar, são cada vez mais remotas as possibilidades voltarem a habitar o mesmo teto partidário. Moreira Mendes permanece no PPS, de oposição, enquanto Expedito Júnior filiou-se ao Partido da República (PR), resultante da fusão PL e Prona, que vem se tornando uma das legendas vistosas da base aliada. E enquanto o governador não anuncia de que lado vai ficar, Lindomar Garçom, sem saber o que fazer, permanece no PV, de viés oposicionista. *Provas de que as decisões tomadas pelos dois parlamentares palacianos mais experientes são para lá de irreversíveis podem ser encontradas nas responsabilidades assumidas por cada um frente aos seus partidos. Moreira Mendes, por exemplo, já aceitou ocupar a única titularidade do PPS na cobiçada Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais prestigiosa da Casa. *2 – OCUPANDO ESPAÇOS *Além disso, o parlamentar aceitou também a incumbência de assumir a vice-liderança da bancada e já formalizou a sua recondução à presidência regional da agremiação em Rondônia. Rápido no gatilho, anda promovendo gestões junto ao Diretório Nacional do PPS – do qual é membro – em busca de uma regulamentação que permita às comissões provisórias da legenda autonomia para convocar eleições, de modo a acelerar o processo de expansão e consolidação da sigla no Estado. Quer dizer, com mais de meio caminho andado, dificilmente deixará de prosseguir na mesma direção para completar o percurso. *Já senador Expedito Júnior, por seu turno, também não deixou por menos. Aceitou assumir todos os cargos indicados pelo PR nas comissões do Senado, entre os quais a titularidade da Comissão de Agricultura, onde logrou escalar a vice-presidência. Mas quem vive próximo dele relata que anda ocupado mesmo é com os planos de expansão da nova sigla tanto no Congresso como em Rondônia. Lá, junto com o senador Alfredo Nascimento (AM), trabalha para remover as derradeiras resistências de modo a concluir duas novas filiações – as dos senadores Edson Lobão (PFL-MA) e Vicente Claudino (PTB-PI). Por aqui, os bastidores dão conta de que começaria por transformar em PR a bancada do PSDC na Assembléia Legislativa (ALE) – Alexandre Brito e Neodi Oliveira. *No que diz respeito ao presidente da ALE, há rumores indicando que os bastidores têm fundamento, porquanto fonte para lá de fidedigna da coluna garante ter ouvido do próprio governador Ivo Cassol que o destino de Neodi Oliveira é mesmo o PR. Indagado sobre o assunto, Neodi não confirma a versão. Mas diz que se for para o bem do Estado, não morre de amores pelo PSDC. Quanto a Alexandre Brito, há dias disse à coluna que seria curta sua permanência no PSDC. Recentemente, porém, teria confidenciado a colegas que pretende conversar com a direção nacional da legenda, no Rio de Janeiro, de modo a cogitar a possibilidade de comandar o partido em RO. A ver. *3 – CABO DE GUERRA *Como o leitor já deve ter percebido, o cabo de guerra estabelecido entre Expedito Júnior e Moreira Mendes tem como objetivo imediato trazer o governador Ivo Cassol para uma das pontas. Há quem enxergue nisso o começo da arenga pela candidatura oficial para disputar a sucessão em 2010. Se for para apostar neste 1º round, recomenda-se colocar a maior parte das fichas na extremidade defendida pelo senador. Primeiro porque o governador mato-grossense Blairo Maggi já anunciou a filiação de Cassol no PR na ocasião em que ele próprio deixou o PPS para tornar oficial a sua filiação à legenda republicana. Depois porque o próprio Moreira Mendes andou confidenciando aos mais chegados que tem notado para lá de inquieta a pulga que se instalou atrás da sua orelha desde então, não obstante Cassol ter negado fundamento nas declarações de Blairo. *Inconfidências emanadas do Palácio Presidente Vargas, no entanto, dão conta de que a tendência do governador é mesmo a de se bandear para o PR, mormente se receber garantias confiáveis de que um dos seus pleitos ao governo federal será efetivamente atendido. Trata-se, leitor, do asfaltamento da BR-429, que Cassol quer deixar pavimentada até Costa Marques como a marca maior da sua passagem pelo governo. *Por esta caução, no entanto, Cassol terá de esperar até o anúncio do presidente Lula acerca da reforma ministerial – prometido para depois das eleições, adiado para depois da posse, em seguida para depois das disputas nas mesas do Congresso e agora para depois do carnaval, quiçá da semana santa. O certo é que o PR espera reconduzir o agora senador Alfredo Nascimento ao Ministério dos Transportes e, com isso, bater o martelo para atender Cassol. As chances de Nascimento reassumir a pasta são enormes. Não bastasse a indicação do partido, o suplente do ex-ministro que ascenderá ao Senado vem a ser João Pedro Gonçalves, que é nada menos que filiado ao PT amazonense. Tipo do negócio em família: o PR ganha um ministro e o partido de Lula mais um senador.
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