A fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru, onde estão situados os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Mato Grosso, e os aeroportos da Amazônia são os pontos mais vulneráveis para a prática da biopirataria internacional, que está levando para o exterior grande parte da riqueza natural do país, principalmente através do contrabando de animais silvestres e plantas medicinais.
* É o que concluiu a auditoria realizada recentemente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o sistema de fiscalização exercido pelo governo federal para evitar o contrabando da flora e da fauna do Brasil, que saem clandestinamente do país e são patenteados no exterior.
* "Devemos ser mais enfáticos na defesa de nossa biodiversidade", destaca, destacou Eduardo Valverde (PT-RO) acerca do relatório da auditoria do TCU. Além de cobrar ações de segurança para o país, a auditoria do TCU estabelece prazos para o cumprimento das medidas.
* "As divisas com a Bolívia e o Peru e os aeroportos da Amazônia, permitem, segundo Valverde, inclusive, a entrada de pragas responsáveis por grandes prejuízos à agricultura nacional. “A entrada de espécies exóticas ao país provoca impactos tão graves que se constituem em ameaças à sobrevivência de outros seres. Além das conseqüências econômicas, com prejuízos, principalmente, para a agricultura", assinala o relatório da auditoria do tribunal.
* Além de apontar as falhas na fiscalização, o relatório do TCU dá prazo de 180 dias (até março de 2007) para que o governo federal faça a adequação da fiscalização nessas áreas consideradas frágeis do território nacional. Pelo que o TCU apurou, é mínima a presença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos aeroportos brasileiros.