CIRCULA NA NET – Reportagem de TV australiana pode municiar campanha petista

Da Redação

17 de Outubro de 2007 às 16:26

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CIRCULA NA NET – Reportagem de TV australiana pode municiar campanha petista

Foto: Divulgação

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*O ano de 2006 será marcado por diversos fatos que transformaram o Brasil em um cenário de desordem pública e política, com denúncias de escândalos financeiros envolvendo parlamentares em Brasília – principalmente petistas, como ocorre com o recente caso do “Dossiê” -; a violência que transformou São Paulo num centro de conflito armado, como uma guerra civil sem precedente, promovido pelo PCC. Justamente esse fato tem sido uma das pedras no sapato do candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin, nos embates políticos apresentados nas campanhas de Lula. *Pois é, foi divulgado recentemente na Internet, pelo Youtube.com, trechos de uma matéria realizada por uma TV Australiana, a SBS, para o programa “Dateline”, cujo tema era: “Mean Streets of São Paulo”. *A reportagem foi produzida pouco depois dos primeiros ataques do PCC, em maio desse ano, quando Geraldo Alckmin já havia sido escolhido pelo PSDB como pré-candidato à Presidência. *O destaque da matéria, como foi amplamente divulgado na imprensa nacional, ressalta com seriedade, em tom solene, que entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, a semana dos ataques do PCC, 492 pessoas foram mortas por armas de fogo no Estado de São Paulo. A polícia admitiu 126 mortes em confronto direto e a Ouvidoria encaminhou para investigação outros 71 casos de autoria desconhecida. Os laudos de muitos dos 295 restantes nunca foram divulgados, porém sabe-se que a maioria não tinha antecedentes criminais. Eram negros ou pardos, e pobres. *A matéria está sendo veiculada na rede mundial de computadores com o título de: “Alckmin foge da responsabilidade”, porque em determinado trecho da matéria, quando a repórter faz a pergunta: “O surgimento de grupos de extermínio foi evidente nessa semana, no momento a Ouvidoria diz que ocorreram 69 casos de execução. Você ficou surpreso com o reaparecimento desses grupos?”, e Geraldo Alckmin se recusa a responder, dizendo que esse é um assunto do governo do Estado de São Paulo e que era bom ouvir as autoridades do governo do Estado – deixando implícito que o assunto não tinha mais a ver com ele -. Indignado, Alckmin agradece e dá “Tchau, tchau”. Em off, ainda com a câmera ligada ele passa uma bronca na equipe de reportagem, reclamando da pauta, no que a repórter alega que ele estava ciente da pauta e que ela precisa de respostas para os seus questionamentos. *Alckmin dá as costas e se retira da sala, e a repórter lembra que a Secretaria de Segurança Pública se recusa a comentar o caso, e que ela requisitou entrevistas com o secretário de segurança do Estado e com o Comandante da Polícia, mas foram recusadas também. *A assessoria de Alckmin afirmou que o vídeo foi editado fora do contexto em que a entrevista foi concedida. *O que se segue abaixo é a versão light, existe outra, utilizando o mesmo material, que mostra uma suposta defesa do candidato tucano sobre o caso, alegando “montagem” da reportagem. Por ser provocativa e irônica não será disponibilizada no site. *-

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