ESPECIAL: Mais de 60 detentos perigosos fugiram nos últimos dois anos em RO

Esses dados mostram que o sistema prisional precisa de urgente revisão e melhor controle

ESPECIAL: Mais de 60 detentos perigosos fugiram nos últimos dois anos em RO

Foto: Ilustrativa/Internet

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O sistema prisional de Rondônia registrou 63 fugas nos últimos dois anos, é o que aponta um relatório que conta as ocorrências relatadas dentro dos presídios do Estado, entre março de 2023 e março de 2025, e aponta a grave fragilidade no gerenciamento do sistema penitenciário estadual, mantido pela Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS).
 
Nesse período, homicidas, assaltantes, torturadores, entre outros condenados por crimes hediondos, integraram a lista desses fugitivos, que se aproveitam de um cenário nefasto e mal gerenciado para voltar às ruas sem ao menos cumprir suas sentenças. O resultado é o crescimento da violência e o temor da população rondoniense com presos perigosos circulando livremente pelas ruas. 



 
O problema de fuga acontece tanto nos presídios de Porto Velho quanto nos presídios de municípios do interior do estado. A primeira fuga relatada no relatório foi em março de 2023. Três condenados, dois deles por homicídio e um por tortura, escaparam do presídio localizado na cidade de Ariquemes. Poucos meses depois desse fato, dois perigosos homicidas, membros de uma facção criminosa, conseguiram fugir pulando o muro do presídio Urso Branco, em Porto Velho. 
 
Em 2024, na penitenciária masculina de Machadinho D’Oeste, um grupo de oito detentos condenados por crimes como roubo e homicídio escapou da cadeia. Ainda no mesmo ano, treze presos fugiram da Casa de Detenção de Pimenta Bueno, na maior evasão registrada nesse período.
 
No mesmo ano de 2024, dez presos fugiram da Casa de Detenção Masculina de Guajará-Mirim. Em agosto, também no ano de 2024, sete detentos escaparam do presídio Jorge Aguiar Afonso ("603"), em Porto Velho.
 
Em todas essas fugas, houve suspeita, e em alguns casos até mesmo confirmações, de que servidores teriam facilitado a ação dos presos. Entre os métodos mais comuns de facilitação está a liberação de detentos para trabalharem como cela livre, o que reforça a necessidade de revisão desse benefício, especialmente para detentos que representam risco à sociedade.
 
Além de fugas em massa, a falta de gerência por parte da SEJUS, comandada pelo secretário Marcus Rito deixou escapar perigosos bandidos, reincidentes de crimes hediondos e que chocaram a sociedade rondoniense com atos bárbaros de crueldade, a exemplo do assassino do PM Fábio Martins, que levou a uma semana de caos na segurança pública de Porto Velho. 
 
Além dos riscos à segurança pública, a frequência dessas fugas gera prejuízos milionários aos cofres do estado. De acordo com informações apontadas no relatório, as reformas custam cerca de R$ 100 mil, além dos gastos com deslocamento de policiais para recaptura, estimados em R$ 300 mil por mês. Outro problema gerado é o risco da exposição dos policias nos confrontos e abordagens de recapturas, que em muitos casos geram trocas de tiros e severas ameaças aos trabalhadores da segurança pública.
 
Mesmo com essas graves falhas, o sistema prisional de Rondônia caminha necessitando de reformas prediais, com servidores no limite de suas forças, e com a urgente necessidade de uma reestruturação de gerenciamento para tornar o cumprimento de penas mais justo e dar à sociedade a proteção devida.
 
Veja o relatório completo:
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