OPERAÇÃO CRATÓNS - Três índios Cinta Larga são presos, outros são procurados

Da Redação

08 de Dezembro de 2015 às 11:24

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OPERAÇÃO CRATÓNS - Três índios Cinta Larga são presos, outros são procurados

Foto: Divulgação

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A operação Cratóns da Policia Federal que está desarticulando quadrilha que extraia e comercializava diamantes oriundos da Terra Indigena dos índios Cinta-Larga está cumprindo 11 mandados de prisão. Até o momento três índios Cinta Larga já estão presos e outros com mandados em aberto estão sendo procurados.

A operação também tem como alvo uma cooperativa e uma associação indígena na extração ilegal dos diamantes aberta no município de Cacoal, onde um advogado teve condução coercitiva decretada.

Seis cidades de Rondônia, entre eles a capital Porto Velho, estão na lista da operação Crátons, deflagrada na manhã desta terça feira (8) em outros nove estados brasileiros, fruto do desdobramento das investigações da Lava Jato.

A operação tem como objetivo combater a prática de crimes ambientais ligados à extração e comercialização ilegal de diamantes das terras dos índios cinta-larga, em Rondônia. A investigação é um desmembramento direto da Operação Lava Jato.

Cerca de 220 policiais federais dão cumprimento a 90 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de conduções coercitivas, além de 3 intimações para comparecimento a oitivas. Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal (18) e nos estados de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Pará.

A Justiça Federal também determinou o sequestro de um imóvel, bem como do dinheiro encontrado nas contas dos principais investigados para o ressarcimento dos danos ambientais praticados.

A investigação apurou que uma organização criminosa, formada por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e até indígenas, era responsável por financiar, gerir e promover a exploração de diamantes no chamado “Garimpo Lage”, localizado no interior da Reserva Indígena Parque do Aripuanã e de usufruto dos indígenas da etnia Cinta Larga.

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de extração de recursos minerais sem autorização do órgão competente, dano a unidade de conservação, usurpação de bem da união, receptação, organização criminosa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome dado à operação faz referência às estruturas geológicas que dão origem à formação dos diamantes, chamadas de “crátons”.

Rondônia: nas cidades de Porto Velho (1 Condução e 1 busca), Ariquemes (1 condução e 1 intimação), Ouro Preto do Oeste (1 condução e 1 busca), Machadinho do Oeste (1 condução), Espigão do Oeste (8 prisões, 3 conduções, 15 buscas e 1 intimação) e Cacoal (3 prisões, 6 conduções, 8 buscas e 1 intimação)

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