MANAUS - A Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF) apresentaram na manhã de ontem Raimundo Joílson Santos Azevedo Júnior, 26, o ‘Jóia’, Aldemir Almeida Delfino, 33, o ‘Testa’, e Carlos Sérgio Alves da Silva, 26, acusados de serem os assatantes da casa do vereador Braz Silva. Segundo o delegado Orlando Dário Amaral, dois suspeitos ainda estão foragidos. O primeiro participou do assalto junto com os três presos, e o segundo dirigiu um carro que foi usado na fuga. “A investigação ainda não terminou”, disse o delegado.
Ao ver os três homens na sala de investigação, Braz Silva pediu que os rostos deles fossem fotografados. Aldemir confessou que conhecia o parlamentar. Disse que foi árbitro de uma partida de futebol society na qual Braz era um dos jogadores. Ele confessou que foi ele quem passou informações sobre a casa do vereador aos comparsas. “Não sabia que havia dinheiro. A gente queria roubar uma casa e falei da casa do Braz Silva. Pedi que não fizessem isso, mas já era tarde”, disse.
Em seguida, Aldemir pediu perdão ao vereador. “Minha vida é uma droga. Eu te peço perdão, porque não sabia o que estava fazendo”, disse. Raimundo e Carlos Sérgio ficaram calados. Os pedidos de perdão se repetiram. O vereador ficou em silêncio por alguns minutos, aproximou-se dos três presos e passou a conversar com eles em voz baixa. Em seguida, abraçou Aldemir e os dois começaram a chorar. “Eu senti pena, compaixão. Disse que eu os perdôo, mas eles vão ter que pagar pelo que fizeram. Muita gente me procurou e perguntou se eu os queria mortos, mas eu disse não”, disse Braz Silva.
O delegado da DERF, Orlando Amaral, afirmou que o trio é suspeito de ter praticado vários assaltos em Manaus. No dia 6 de julho, segundo o delegado, eles invadiram a casa do empresário Amauri Januário da Silva, 37, também no conjunto Jardim de Versailles 2, e roubaram R$ 46 mil. “Eles são suspeitos de assaltar postos de gasolina, mercadinhos nas zona Leste e Norte”, disse. O delegado afirmou que há elementos suficientes para mantê-los na prisão. “Há confissões, delações e provas materiais”, disse. Raimundo, Aldemir e Carlos Sérgio foram levados para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro.