Acre - PF prende 20 por fraude em financiamento de carros

Acre - PF prende 20 por fraude em financiamento de carros

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Foto: Divulgação

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A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã de ontem, dia 24, a Operação Houdini. O objetivo da ação foi desarticular uma organização criminosa com base em Curitiba (PR) e em Rio Branco. No Estado, 14 acusados foram presos e encaminhados ao presídio estadual Francisco de Oliveira Conde. No total, foram presas 20 pessoas, somando os encontrados em Curitiba, em São Paulo e em Tocantins. Todos virão para o Estado. Essa foi a maior operação realizada no Acre pela PF. Trinta agentes vieram de outros Estados em seis viaturas. Ao todo, 32 carros foram apreendidos e encaminhados ao pátio do 7º Batalhão de Construção e Engenharia (BEC). Em apenas um galpão, foram encontrados 17 veículos: Palio, Fox, Celta, Corsa, Punto e Hilux. Segundo informações de um policial que participou da operação, um Fox novo estava sendo vendido por R$ 20 mil. A organização era especializada em negociar títulos de crédito com valor nominal majorado de forma fraudulenta. A ação ocorre no Acre, no Paraná, em São Paulo e em Goiás. Eles cooptavam pessoas com financiamentos de veículos e com dívidas fiscais e ofereciam os mesmos títulos de crédito para quitação de seus débitos. Os títulos, originalmente, tinham valor de mercado de R$ 3, mas podiam chegar a R$ 600 após laudos emitidos por peritos autônomos que participavam do esquema e de uma decisão judicial favorável. As investigações foram iniciadas em janeiro de 2008 após recebimento de denúncias de vítimas do esquema. Estima-se que a organização negociou R$ 25 milhões, só em veículos. Cerca de 130 policiais federais foram mobilizados para cumprir 25 mandados de busca e de apreensão e 20 mandados de prisão preventiva expedidos pelo Juiz da 4ª Vara Criminal de Rio Branco, Clovis Augusto Alves Cabral Pereira. Todos os presos ficarão custodiados no sistema prisional do Estado do Acre. Eles serão indiciados por estelionato, formação de quadrilha ou bando e fraude processual. Serão enquadrados também na Lei de Mercado de Valores Mobiliários. (Gilberto Lobo) Defesa O advogado de um dos acusados, Emílson Brasil, explicou que, após a notificação da efetivação da prisão de todos os suspeitos feita pelo Delegado da PF ao Juiz da 4º Vara, seriam tomadas as medidas judiciais cabíveis para que os presos respondam ao processo em liberdade. Além dele, os outros advogados dos supostos envolvidos no crime assistiram aos depoimentos na sede da Superintendência da PF. Muitos familiares também foram à PF para buscar informações, deixando o lugar tumultuado. Surgiram no local informações de que o deputado estadual Mazinho Serafim estava envolvido na compra desses carros, mas ele negou qualquer envolvimento no golpe. A polícia investigará as pessoas que compraram veículos usando o financiamento fraudulento. Se for comprovado que comprador usou de má-fé, ele será preso e processado, além da perda do bem, mas, se a dívida for quitada pelo comprador, um dos crimes pode não ser levado em conta. O golpe No golpe, são oferecidos à suposta vítima dois carros com preço muito abaixo da tabela de mercado, descontos que podem ultrapassar os 50%. Os financiamentos são feitos em bancos diferentes. O parcelamento é sempre em 60 meses. Um dos carros fica com o cliente, o outro serve como pagamento dos honorários dos advogados. O comprador paga três parcelas e depois pára, alegando dificuldade para pagar as parcelas devido aos altos juros. Em seguida, é proposta a quitação da dívida com debêntures da Vale do Rio Doce. Daí em diante, o advogado entra com ação revisional contra os bancos. O processo é levado à Vara Civil do Fórum da Comarca de São José dos Pinhais, região metropolitana da Comarca de Curitiba, no Paraná. Foram vendidos nesse esquema cerca de 500 carros. Lista de presos Maria Lucinete de Lima Pedro Antônio José de Souza Máximo Dias Pereira James da Silva Moura Sebastião Luiz da Silva Cícero Dantas de Souza Ângela Lima Alves Marcos Dias Pereira Davi Jinkins de Almeida Mário Pessoa Sobrinho Marcos Condes Pereira Odinéia Jurandir da Costa Altair de Oliveira Raimundo José de Souza Nome da operação O nome da operação é uma homenagem ao mais famoso mágico de todos os tempos, Harry Houdini. Ele nasceu Ehrich Weisz, em Budapeste, Hungria, no dia 24 de março de 1874. Nos seus últimos anos de vida, gastou parte de seu tempo desmascarando espiritualistas e mostrando como eram cometidas fraudes em espetáculos de parapsicologia e sessões espíritas. Seu interesse por destruir outros profissionais teve início após a morte de sua mãe, Cecilia Weisz. Por causa de seu passado como ilusionista, ele conhecia a maioria das técnicas utilizadas por médiuns para estabelecer contato com o mundo dos espíritos. Houdini criou uma espécie de cruzada contra os charlatães que tungavam o dinheiro de famílias inteiras que tentavam entrar em contato com seus mortos. Ele freqüentemente comparecia disfarçado em sessões espíritas para desmascarar os médiuns.
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