Ação da Polícia Federal prende motorista do deputado Euclides Maciel; Japa é acusado de coagir testemunhas
Agentes da Polícia Federal, cumprindo mandado de busca, apreensão e prisão, prenderam na manhã desta sexta-feira, em Porto Velho, Agenor Vitorino de Carvalho, o Japa, motorista do deputado estadual Euclides Maciel (PSL). Agenor é acusado pela PF de coação às testemunhas do processo de compra de votos que resultou na cassação do mandato do senador Expedito Júnior (PR).
Os policiais federais prenderam Japa na rua 6, número 1265, bairro Agenor Martins de Carvalho, em Porto Velho. Na mesma ocasião foi preso o garimpeiro Vanderson Borges de Carvalho, irmão de Japa. A prisão de Japa foi determinada pelo juiz federal Élcio Arruda, da 3ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Rondônia.
Vanderson foi solto por volta das 12 horas desta sexta-feira, porém passou o dia em interrogatório e no início da noite foi levado para o presídio Urso Branco. Informações extraordinárias dão conta de que um grande contigente de agentes federais continuam em Rondônia para cumprir mandados decorrentes do processo de compra de votos.
Segundo a PF, Japa tentou coagir os vigilantes que prestaram depoimento incriminando o senador Expedito Júnior e o governador Ivo Cassol. Os vigilantes, ameaçados também pela Polícia Civil de Rondônia, foram colocados no Programa de Proteção a Testemunhas, do Governo Federal.
Em depoimento prestado nesta sexta na sede da PF, Japa disse que conheceu o deputado estadual Euclides Maciel através de um amigo, Marcos Marcelo, advogado em Ji-paraná, durante as eleições de 2006.
No depoimento, Japa também afirmou não conhecer o senador Expedito Júnior nem o governador Ivo Cassol. Afirmou ainda que nunca foi procurado pelo governador ou pelo senador nem pelos seus assessores para negociar nada relativo à compra de voto. Ele também admitiu que já foi preso e cumpriu pena em regime fechado.