‘À reportagem da Folha de São Paulo, a Polícia Federal revelou o nome de Carlos dos Reis Batista, do Prona, que atuou como ‘candidato laranja’ para o esquema de compra de votos. Segundo a reportagem, Carlos Reis obteve apenas 40 votos, embora sua prestação de contas à Justiça Eleitoral tenha mostrado gastos de R$ 164.152,07, quase na totalidade no pagamento de R$ 100,00 a 960 pessoas físicas, com a justificativa de ‘serviços prestados por terceiros".
A reportagem decidiu ir mais fundo na apuração dessa informação e acabou levantando ligações muito mais que coincidentes: *1) Carlos dos Reis Batista, é cabo da Polícia Militar, lotado na Casa Militar, no Palácio Presidente Vargas. *2) Foi candidato a deputado estadual pelo Prona, mas não fez campanha.* 3) Durante o período eleitoral, esteve escalado para acompanhar, na condição de segurança, a esposa do senador diplomado Expedito Junior, a então candidata a deputada federal, Val Ferreira. *4) Como simples policial militar, sem nunca ter sido candidato antes, conseguiu angariar a doação de R$ 164.152,48 para sua campanha, através de apenas três empresas, todas grandes contribuintes do Estado. *5) Na prestação de contas, a lista de despesas declara o pagamento de R$ 100,00 a 960 pessoas físicas. *6) estes pagamentos foram efetuados no dia 29 e 30 de setembro, mesmas datas em que os depósitos foram feitos nas contas de vigilantes da empresa Rocha, na Capital, no esquema de compra de votos desvendado pela Polícia Federal. *7) Muitos dos beneficiados como ‘prestadores de serviço’ constam da relação de funcionários enviado à Polícia Federal pela Rocha Vigilância. *8) O nome de Carlos dos Reis Batista não constava da lista dos envolvidos na ‘Operação Garoupa’, nas casas dos quais foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
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