A decisão é da juíza de Direito Euma Mendonça Tourinho, do 2º Juizado da Infância e da Juventude
Foto: Divulgação
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Luiz Boby Rodrigues Cataca (foto), pastor evangélico e ex-servidor comissionado da Prefeitura de Porto Velho, foi condenado pela prática do crime de violência sexual mediante fraude por ter abusado de uma adolescente de 14 anos aproveitando-se, segundo a denúncia, da influência exercida sobre a vítima por conta de sua posição hierárquica na Igreja.
Segundo a Justiça, o condenado tem maus antecedentes. Rodrigues foi chefe de Apoio, de Divisão e assessor executivo na Secretaria Municipal de Educação (SEMED) funções em que excursionou de dezembro de 2009 a abril de 2014, quando consta sua última rescisão.
A decisão é da juíza de Direito Euma Mendonça Tourinho, do 2º Juizado da Infância e da Juventude.
Cataca recebeu a pena de três anos de reclusão, que será cumprida em regime inicial aberto, segundo a magistrada. Como cabe recurso, ele poderá recorrer em liberdade até o trânsito em julgado da decisão.
“Liberação do mal”
A vítima tinha 14 anos à época em que foi abusada pelo pastor, conforme as alegações do Ministério Público (MP/RO). Segundo o MP/RO, Luiz Boby Rodrigues praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a menor, consistentes em “toques lascivos pelo corpo, introdução de dedo na vagina e a induziu a lhe tocar”.
O pastor da Igreja frequentada pela menina cometeu os abusos contra a jovem alegando que, ao fazê-lo, teria condições de libertá-la do mal.
Abuso: demônio, o óleo ungido e a promessa de maldição à família
Para reforçar a sentença, a juíza Euma Tourinho transcreveu trecho do depoimento da menor, vítima dos abusos sexuais praticados pelo evangélico. Ele demostra como o pastor agiu para praticar o crime, argumentando, entre outras coisas, a necessidade de fazer com que o “demônio” se manifestasse a fim de liberá-la do mal. Confira a íntegra da declaração abaixo:
Outras vítimas
Bobby fora acusado de ter praticado mais crimes contra outras vítimas, segundo a menor abusada.
“Ressalta-se que a vítima em depoimento judicial ainda acrescenta que, após o incidente, o pastor ligava constantemente para perguntar se havia contado os fatos a terceiras pessoas, ameaçando da pratica de mal a sua família”, pontuou a juíza.
A representante do Judiciário afirmou, ainda, ter observado que em diversos segmentos da narrativa da moça as declarações foram feitas de forma emocionada; a jovem demonstrou abalo ao rememorar os fatos vivenciados.
“Por fim, em seu depoimento ainda comentou que outras colegas também sofreram o mesmo abuso pelo pastor”, asseverou.
Os termos da decisão
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