“As declarações prestadas pelos policiais dão conta de que o indiciado foi preso após perseguição do suposto veículo roubado e troca de tiros, assim como foi apreendida uma pistola calibre 380, raspada, de modo que seria contrassenso admitir-se eventual s
Foto: Divulgação
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O juiz Livingstone dos Santos Silva Filho decretou, durante o plantão judiciário, a prisão preventiva de Thiago Rodrigues dos Santos, um dos suspeitos de ter dado o tiro que matou a menina Sofia Lara Braga, 2 anos, quando ela brincava no parquinho infantil de uma lanchonete Habib’s, em Irajá, Zona Norte do Rio.
A polícia ainda não sabe de quem partiu o disparo – se de Santos ou de policiais militares que o perseguiam na noite de sábado. Segundo os PMs, havia suspeita de que a picape L-200 dirigida por ele era roubada. Na determinação para a prisão, o juiz coloca sobre Santos as suspeitas de homicídio (contra a menina) e roubo (do veículo).
A prisão preventiva não tem prazo determinado. Santos ficará preso até que seja julgado ou até que a Justiça entenda que ele não representa mais risco à apuração do caso. Isso se o veículo não for mesmo roubado – nesse caso, ele só deixará a prisão se isso for possível nas duas ocorrências.
“As declarações prestadas pelos policiais dão conta de que o indiciado foi preso após perseguição do suposto veículo roubado e troca de tiros, assim como foi apreendida uma pistola calibre 380, raspada, de modo que seria contrassenso admitir-se eventual soltura do indiciado, o que inequivocamente, implicaria em lesão a diversos direitos coletivos”, escreveu o juiz, que também alegou “interesse público” na manutenção da prisão.
O crime
“Minha filha estava brincando no parquinho, e o tiro que o vagabundo deu atingiu minha filha. Ela não resistiu.” O relato, com a voz embargada pelo choro, foi gravado pelo soldado Amaral. Lotado no 16º BPM (Olaria), ele estava de folga e tinha levado a família para um passeio. Ao ver a filha baleada, ele, em desespero, pegou-a no colo e correu até a viatura da polícia, mas a menina já chegou ao hospital sem vida.
A picape dirigida por Santos havia saído da Favela Para-Pedro, no mesmo bairro. Houve troca de tiros e, na altura da Avenida Monsenhor Felix, um dos tiros acertou a menina. O veículo capotou e ainda acabou ferindo um mototaxista e um pedestre. A perícia indicará de qual das armas partiu o tiro que matou a menina.
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