MÊS DO MEIO AMBIENTE: Guajará-Mirim e Nova Mamoré enfrentam desafios na gestão de resíduos sólidos

Lixões a céu aberto persistem em Rondônia

MÊS DO MEIO AMBIENTE: Guajará-Mirim e Nova Mamoré enfrentam desafios na gestão de resíduos sólidos

Foto: Assessoria

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A Lei n. 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).determina que até o dia 2 de agosto de 2024, todos os municípios brasileiros devem encerrar definitivamente a operação de lixões a céu aberto e implementar soluções adequadas para a gestão dos resíduos sólidos. Em Rondônia, os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré são os únicos que ainda não se adequaram à legislação.
 
A PNRS visa assegurar serviços públicos essenciais à população, incluindo o acesso à água potável, tratamento de esgoto e gestão eficaz de resíduos sólidos. A situação em Guajará-Mirim e Nova Mamoré, entretanto, revela desafios complexos que vão além do cumprimento legal, impactando diretamente as comunidades e o meio ambiente.
 
 
O cenário na região Amazônica
 
A região Norte do Brasil, onde está localizada a maior floresta tropical do mundo, apresenta os piores indicadores de gestão de resíduos sólidos no país. Segundo o último panorama elaborado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), 63,4% dos resíduos na região têm destinação inadequada, sendo depositados em lixões ou aterros controlados. No total, 68,9% das cidades do Norte possuem lixões, a maior proporção entre as cinco regiões brasileiras.
 
Esses números são alarmantes quando consideramos que a Amazônia é uma área de alta sensibilidade ecológica, rica em biodiversidade e recursos hídricos. A gestão inadequada de resíduos sólidos compromete não apenas a saúde humana, mas também o equilíbrio ambiental. Os lixões são fontes de contaminação do solo e das águas, e ameaçam a fauna e a flora locais.
 
 
Preocupações ambientais e sociais
 
Em Guajará-Mirim e Nova Mamoré, os impactos negativos do lixão a céu aberto são visíveis e preocupantes. Os lixiviados, líquidos tóxicos provenientes da decomposição do lixo, infiltram-se no solo e contaminam os lençóis freáticos, afetando a qualidade da água consumida pela população. A proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos, aumenta o risco de epidemias, como a dengue e a leptospirose.
 
Além disso, a queima de resíduos libera gases tóxicos, prejudicando a qualidade do ar e contribuindo para o agravamento de problemas respiratórios na população. Animais silvestres, atraídos pelo lixo, ingerem materiais nocivos, colocando em risco sua sobrevivência e a cadeia alimentar.
 
 
Perspectivas
 
Enquanto não há cooperação entre a gestão municipal dos dois municípios, além do engajamento da sociedade civil e do setor privado, a situação destes lixões a céu aberto é um lembrete urgente da necessidade de ações efetivas para a gestão de resíduos sólidos em Rondônia. Não é apenas uma exigência legal, mas uma medida fundamental para proteger o meio ambiente e garantir a saúde e o bem-estar das comunidades locais. 
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