Além das péssimas condições dos alojamentos o transporte dos professores é fora da real necessidade o que gera revolta da classe
Hildon no alojamento dos professores que esperam que algo seja feito perante o abandono / Foto: Divulgação
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Muitas pessoas falam que o professor merece todo respeito pela importância de sua profissão. Em Porto Velho, o Distrito de União Bandeirantes, distante 160 quilômetros da capital coloca em risco professores da Escola 3 de Dezembro, que além da dignidade afetada, vivem em alojamentos improvisados que remetem as condições de pessoas em regime de escravidão.
O vídeo recebido pelo Rondoniaovivo mostra o alojamento masculino, sendo que o feminino é do mesmo jeito. Fabíola Maria de Souza Nunes, professora da rede e membro do comando de greve, constatou no local as péssimas condições. “Não da para crer nisso, o prefeito Hildon visitou aqui, prometeu e nada fez”, disse.
Para Neilton do Vale Vidal, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) informou que na última quinta-feira ouve uma reunia com o secretário municipal de educação Marco Aurélio Marques e o problema não foi abordado. “Na sexta-feira saímos para ver as condições das escolas e demandas diversas e constatamos esta triste realidade”, afirma Neilton. “Em Nova Mutum Paraná temos o oposto, mas em União Bandeirantes é lastimável o tratamento recebido pelos professores e tem caso de professores em Jacy Paraná que dormem no refeitório, sala de aula ou demais cômodos dentro de escola”, completa.
Outro problema latente é a locomoção dos professores que não podem utilizar o transporte de alunos e recebem ajuda de custo no valor de R$137,00 para poder trabalhar, e na maioria dos casos o custo é bem maior. “O movimento de greve tem uma extensa pauta, mas a reposição salarial é uma das principais questões, agora aliada a esta situação é desesperador o trato recebido pelos professores, e o vídeo está ai para comprovar”, comenta Fabíola.
Após a divulgação do vídeo nas redes sociais, a prefeitura divulgou a visita do prefeito no distrito alegando a dificuldade de encontrar professores que queiram se estabelecer na localidade. No total, existem no distrito cerca de 2,6 mil alunos. “Quem quer vir trabalhar e ficar neste tipo de alojamento? Não há condições e por isso vamos nos manifestar perante esta inoperância do poder executivo e da Secretaria Municipal de Educação”, finalizou Neilton.
Confira o vídeo:
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