Uma nova tendência entre jovens da Geração Z tem chamado atenção nas redes sociais — especialmente no TikTok. Conhecido como "bed rotting", o termo em inglês se refere ao hábito de passar longos períodos na cama, não necessariamente para dormir ou se recuperar de uma doença, mas para realizar atividades passivas, como assistir séries, rolar o feed do celular ou simplesmente não fazer nada.
Apresentado por muitos influenciadores como uma forma de autocuidado, o "bed rotting" ganhou força como resposta ao estresse, à exaustão mental e às pressões da vida moderna. Em vídeos curtos, jovens relatam que ficar horas ou até o dia inteiro na cama seria uma maneira de recuperar a energia e fugir das cobranças externas.
No entanto, especialistas alertam que o comportamento, quando frequente ou prolongado, pode estar associado a sinais de bloqueio emocional ou até transtornos como ansiedade e depressão. Segundo psicólogos, embora pausas e momentos de descanso sejam necessários, a inatividade constante e o uso excessivo de redes sociais têm impacto negativo no bem-estar físico e mental.
“O problema é quando o descanso vira fuga”, explicam profissionais da saúde. O isolamento e a evitação de responsabilidades, ao invés de restaurar o equilíbrio, podem acentuar o sentimento de apatia, culpa e desmotivação.
Assim, a tendência revela mais do que um modismo digital: expõe o desgaste emocional de uma geração hiperconectada e pressionada a performar constantemente. Mais do que criticar o comportamento, especialistas sugerem acolher e compreender suas causas — e, se necessário, buscar apoio psicológico.