CIENTISTAS DESCOBREM: Como "desligar" a vontade de beber álcool no cérebro

Pesquisadores dos Estados Unidos deram um passo importante rumo à compreensão do que leva uma pessoa a consumir álcool em excesso

CIENTISTAS DESCOBREM: Como

Foto: Divulgação

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Pesquisadores dos Estados Unidos deram um passo importante rumo à compreensão do que leva uma pessoa a consumir álcool em excesso — e mais do que isso: descobriram uma maneira de frear esse impulso, ao menos em experimentos com animais.
 
Em um estudo recente divulgado pela revista Nature Neuroscience, cientistas da Universidade de Massachusetts (UMass) identificaram um pequeno grupo de neurônios no cérebro de camundongos que atua como uma espécie de “freio” para o consumo alcoólico. Ao manipularem geneticamente os animais, os especialistas conseguiram ativar ou silenciar essas células, observando mudanças significativas no comportamento diante do álcool.
 
A chave da pesquisa está em uma área chamada córtex orbitofrontal medial, região associada ao julgamento de riscos e recompensas. Os testes mostraram que, ao desligar esse conjunto específico de neurônios — que representa apenas cerca de 4% dessa área cerebral —, os camundongos passaram a consumir mais álcool com o passar das semanas. Já quando os neurônios foram estimulados, o interesse pelo álcool caiu drasticamente.
 
O experimento utilizou uma técnica de estimulação luminosa para mapear a atividade cerebral em tempo real. Com isso, foi possível identificar exatamente quais células se ativavam durante o consumo e, a partir daí, alterar esse circuito com precisão.
 
Curiosamente, interferir nessa parte do cérebro não afetou outros comportamentos dos animais: eles continuaram bebendo água normalmente e mantiveram o mesmo nível de atividade física, o que indica que o “interruptor” descoberto está relacionado especificamente ao consumo de álcool.
 
Apesar dos avanços promissores, os pesquisadores reforçam que a aplicação em humanos ainda está distante. O próximo desafio é compreender se essa mesma rede de neurônios existe no cérebro humano e como ela poderia ser manipulada com segurança. Se confirmada, a descoberta pode abrir caminho para novas formas de tratamento para o alcoolismo no futuro.
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