Na maioria das vezes que as pessoas tem que passar por algum tipo de tratamento medicamentoso uma das primeiras perguntas feitas é se elas podem beber enquanto tomam a medicação. Contudo, todos sabem que não se pode misturar remédios com álcool. Mas para muitos, isso é uma frase passada de geração em geração. Qual é o motivo real de essa combinação não poder ser feita?
Os motivos para não misturar remédios com álcool são vários e isso vale até mesmo para as situações onde a pessoa não está fazendo um tratamento. Como por exemplo, ao tomar um analgésico para dor de cabeça ou dor muscular é importante se atentar para não ter nenhum efeito adverso.
Com relação aos antibióticos, se houver a mistura de álcool com eles entre os possíveis riscos está uma ação menor do remédio, o que pode resultar em micróbios mais resistentes e causar uma reincidência da doença mais na frente. Outros efeitos podem ser danos e lesões em alguns órgãos, coma e até risco de morte.
Não misturar remédios com álcool
De acordo com um artigo publicado no site do Ministério da Saúde, misturar remédios com álcool acaba sobrecarregando o organismo, já que nesse momento o foco dele é no trabalho de lidar com uma situação fora do comum, como no caso de uma infecção.
No momento em que a pessoa bebe, o fígado junto com algumas enzimas metaboliza o etanol. Contudo, se ela estiver tomando remédios, o órgão já está encarregado de metabolizá-los e terá um trabalho extra.
Dentre os vários problemas que podem acontecer ao misturar remédios com álcool está o enfraquecimento do sistema imune que deve ser forte para combater os invasores. Essa mistura também pode diminuir ou anular completamente a eficiência do remédio, potencializar o efeito do álcool, causar dor de cabeça e vômitos e até algumas doenças, como inflamação no fígado e úlcera gástrica.
Um artigo publicado no Instituto Nacional Sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo, do governo dos EUA, também alertou que os perigos de misturar remédios com álcool aumentam conforme a idade das pessoas.
“Pessoas com mais de 65 anos correm um risco particularmente alto de danos, em parte devido às mudanças relacionadas à idade na forma como o corpo responde ao álcool e aos medicamentos, e em parte porque os idosos costumam tomar vários medicamentos com potencial para interagir com o álcool”, afirmou o artigo.