COLUNA SEMANAL: Campo minado da política de RO é mais difícil que a guerra para Marcos Rocha

Memes sobre governador fazem sucesso; estudantes da área rural de Ji-Paraná estão sem transportes escolar; ambientalista de RO é homenageada pelo governo Holandês; advogado lança livro sobre o movimento 'Legendários'

COLUNA SEMANAL: Campo minado da política de RO é mais difícil que a guerra para Marcos Rocha

Foto: Divulgação

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Tensão

 

Existe uma frase que diz: ‘a história se repete como farsa’! E o mundo está vendo a história se repetir a olho nu, nessa crise envolvendo Israel, Irã e, por tabela, Rússia e Estados Unidos. Desses, o planeta tem certeza que Israel, Rússia e Estados Unidos tem bombas atômicas com um poder de destruição, que pode fazer as que caíram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, e que mataram mais de 200 mil pessoas, parecerem tracks de São João. Mas o mundo não aprendeu com esse triste exemplo e voltamos para o nível de alerta em que se nada for feito, diplomaticamente, poderá não haver amanhã. A extrema direita de Israel, que governa o país, destruiu Gaza e luta para acabar com os palestinos, se sente empoderada para avançar nessa briga e transformar a região por onde, dizem, Jesus andou em um barril atômico. Ao atacar o Irã e sofrer o contra-ataque iraniano colocou a tensão mundial em outro nível, onde nada nem ninguém está seguro. As nações com o poder de decisão no mundo, ignoram o massacre em Gaza e fazem o mesmo em relação a guerra de Israel com Irã. Rússia já avisou que não será uma boa ideia os Estados Unidos entrarem nesse conflito. Ou seja, para quem sabe ler um pingo é letra!   

 

Vídeo game

 

E nesse cenário, os Estados Unidos que, apesar dos pesares, deveriam ser o farol do mundo, tem um presidente que trata essa guerra como se estivesse em jogo de Playstation, exigindo que o povo iraniano se renda. A questão é: se render do que, já que quem atacou primeiro foi Israel? Para colocar mais tensão, ainda ameaça matar o principal líder do Irã. Mas o que se percebe nessa confusão é a hipocrisia por parte das nações desenvolvidas e das que compõem o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Isso porque, ninguém fala em desarmar Israel, que tem bombas atômicas. O argumento é de que Israel é um parceiro previsível e não fala em acabar com outros países. Porém, é um argumento fraco, pois, não se tem notícias que o Irã tenha invadido outro país, nem que esteja sacrificando um povo e ameaçando transformar a terra onde essa população vive em resort turístico. Já de Israel não se pode dizer o mesmo! O que se conclui é que o Ocidente continua a ver o diferente como uma ameaça, um inimigo a ser vencido e, em nome disso e das riquezas a serem exploradas, vale fazer qualquer coisa, além de matar!

 

Políticos brasileiros

 

Os misseis e drones que deixaram as populações de Israel e Irã em pânico e num salve-se que puder, também colocou um grupo de 42 políticos da extrema direita brasileira em apuros. Eles estavam em duas comitivas participando de um evento sobre o uso de tecnologias em segurança pública e desenvolvimento urbano. O grupo era formado por prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de diversos municípios. Entre eles, para a surpresa geral estava o governador de Rondônia, Marcos Rocha. No CPA, a conversa que rola é que essa viagem aconteceu no sapatinho e que, praticamente ninguém sabia dela. Se a intenção era ser o mais discreto possível, Marcos Rocha não teve muita sorte nessa estratégia.

 

Memes

 

Ele fez vídeos de um bunker, para onde foi levado devido as bombas que caiam. Em Rondônia, outras bombas estouravam para o governador. Mas o que chamou a atenção nessa confusão que Marcos Rocha se meteu foi a quantidade de memes e vídeos sobre o assunto. Podemos dizer qualquer coisa sobre esse material, mas, temos que admitir, os rondonienses são criativos.

 

Perguntas

 

Deixando o humor de lado, algumas perguntas precisam de repostas sobre essa viagem do governador. Muita gente está se perguntando qual o motivo e a importância dessa viagem internacional para o povo de Rondônia? Outros querem saber, qual o motivo de não ter sido anunciada essa saída do Estado por parte do governador? Perguntas é o que não faltam. Mas, provavelmente, Marcos Rocha fará uma coletiva com a imprensa para responder a esses questionamentos, afinal, é prestar contas para o eleitor. Ainda mais, se ele pretende continuar na vida política.

 

Lobby israelense

 

Matéria que saiu no jornal Folha de São Paulo, no último dia 19, com o título ‘Comitiva presa em bunker viajou paga por Israel para feira de segurança’, informou que todo o tour foi financiado integralmente pela Mashav, que é uma agência de cooperação que visa promover Israel e a indústria daquele país. Os israelenses tem interesse na venda de produtos para segurança pública para os municípios e estados brasileiros e uma forma de fazer lobby desses equipamentos é levar essas autoridades até Israel, prejudicando a indústria nacional desse mesmo setor. Afinal, as fábricas e tudo mais não ficam em terras brasileiras.

 

Código de Ética

 

Fontes ouvidas pela coluna, avaliaram que essa viagem de Marcos Rocha pode reservar outras bombas para o governador. Segundo elas, ele feriu o Artigo 6º, do Código de Ética Funcional do Servidor Público Civil do Estado de Rondônia, que diz: ‘O servidor não poderá solicitar, provocar ou receber para si ou para outrem, mesmo em ocasiões de festividade, ajuda financeira, gratificação, comissão, doação, presentes ou vantagens de qualquer natureza, de pessoa física ou jurídica, interessada na atividade do servidor’. Isso é parte do Decreto nº 20.786, de 25 de abril de 2016, que institui o Código de Ética do Servidor Público do Estado de Rondônia. “O Governador não poderia ter recebido as passagens, hospedagem ou qualquer outra benesse de uma empresa de segurança que tem interesses comerciais com o Estado de Rondônia. Isso fere o princípio da moralidade e o Código de Ética também”, afirmaram. Vamos aguardar para saber o que vai dar essa história de viagem internacional, Israel, mistério, bomba, bunker, fuga sob escolta, Brasil, Rondônia e Porto Velho.

 

Bombas domésticas

 

Nessa volta de Israel, o governador vai ter que lidar com uma bomba doméstica que tem poder para afetar as pretensões eleitorais dele para 2026. Trata-se da relação com o vice-governador, Sérgio Gonçalves, que sonha em ocupar a cadeira do governador e concorrer com força ao cargo de chefe do Executivo estadual. O convívio entre eles, já faz algum tempo, estava sendo visto como desgastado por vários setores da sociedade rondoniense, especialmente, com a traumática saída do antigo chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, irmão de Sérgio, do Governo do Estado. Aliás, Júnior Gonçalves fez uma entrevista coletiva onde estava prometendo falar muito, mas na hora, ao que parece, se conteve. Porém, deixou um recado explícito nas entrelinhas: não mexam comigo ou com a minha família. Só para lembrar, ele é o presidente do União Brasil, partido do governador, só isso já complica bem a vontade de Marcos Rocha de concorrer ao Senado em 2026. Para completar, Sérgio Gonçalves falou em a um veículo de comunicação, dias depois, onde fez severas críticas ao atual chefe da Casa Civil, Elias Resende, homem de confiança de Marcos Rocha. Ou seja, parece que foi mais fácil para o governador enfrentar as bombas do Irã, em Israel, do que enfrentar o campo minado da política rondoniense. Os irmãos Sérgio e Júnior estão como o samba ‘Casa de Bamba’, do Martinho da Vila. Ouça aqui

 

E Ji-Paraná

 

 

E o prefeito de Ji-Paraná, Affonso Antônio Cândido, está deixando muita gente na área rural do município revoltada. Os pais informaram à coluna que as crianças das escolas rurais estão sem estudar, por falta de transporte escolar. Segundo eles, isso vem ocorrendo desde o início do ano letivo. Pais estão desesperados e preocupados com o risco de os filhos perderam o ano letivo. Nas escolas, os servidores continuam indo, mas não tem muito o que fazer, pois os estudantes não aparecem para as aulas. Eles disseram que isso nunca havia ocorrido antes, o que tem sido motivo para críticas à gestão do atual prefeito da segunda maior cidade de Rondônia. Crianças sem escolas é sinal de mais gente nos presídios em alguns anos!

 

Orgulho

 

E a ambientalista Txai Suruí, da Associação Kanindé que atua na defesa dos povos indígenas e do meio ambiente, vai receber, na próxima segunda-feira(23), em São Paulo, o prêmio ‘Tulipa de Direitos Humanos’. A entrega será feita pelo embaixador do Reino dos Países Baixos, Sr. André Driessen. Parabéns, Txai! 

 

Legendários

 

E o movimento Legendários está ganhando força em Rondônia. Os homens que sobem a montanha e lá permanecem por três dias para, dizem, melhorarem como maridos, pais e pessoas estão fazendo sucesso entre os mais afortunados da sociedade rondoniense. O advogado porto velhense Manoel Veríssimo vai lançar no dia 02 de julho, às 19h30, o livro ‘Legendário – o homem que subiu a montanha’, no Espaço Carol Beloto – Avenida Pinheiro Machado, 1025, na capital. Antes estava agendado para o dia 03 de julho, como aparece no cartaz, mas teve que ser antecipada. Ele estará falando da experiência pessoal de ser um legendário e disse que será ‘uma noite de palavra, propósito, identidade e ativação espiritual’.

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