Muito barulho, lixo, bebidas alcoólicas, mau cheiro (causado por urina) e até nudez. É o saldo dos finais de semana que muitos moradores e empresários da Rua José de Alencar, no Centro de Porto Velho, têm enfrentado há dois meses.
Segundo eles, desde quando uma segunda unidade de um bar próximo a uma faculdade particular localizada no bairro Areal, foi criada na via, as sextas, sábados e domingos têm sido de falta de sossego para quem passa, trabalha ou vive ali.
“Quando a gente consegue dormir por causa do barulho, na segunda-feira, a cena é de dar nojo, além do fedor forte de urina. A baderna tomou conta daqui. O lixo fica espalhado por todo o local, além da festa ir até cinco ou seis da manhã”, disse um morador da José de Alencar.
Os vídeos do pancadão, organizado sempre pela internet, invadiram as redes sociais no último final de semana. Inclusive uma moça aparece dançando com os seios de fora, em cima de uma caminhonete e na rua.
De acordo com as famílias do Centro da capital, elas ligam diversas vezes para o 190 da Polícia Militar, mas nada tem sido feito até o momento.
“Já teve uma madrugada de sábado que os moradores ligaram 45 vezes, em poucas horas. Eles alegam que não podem fazer nada. E realmente não acontece nada. A viatura passa, os policiais olham e vão embora. É revoltante”, falou uma outra moradora ao
Rondoniaovivo.
Um outro empresário do local afirmou à reportagem que o dono do bar finge que ele não tem nada a ver com a baderna que é feita na rua.
“Ele fecha a porta do bar, mas se alguém bate lá, ele atende e vende as bebidas. Enquanto isso, o som alto, gritaria e a bebedeira acontecem normalmente. E ninguém incomoda ele e nem os participantes”, desabafou ele.
Mercado Cultural
Neste final de semana, várias opiniões nas redes sociais associaram o pancadão como se fosse organizado pelos donos dos bares localizados no Mercado Cultural, que fica bem próximo do ponto de encontro. Mas, eles negaram à reportagem do
Rondoniaovivo.
“Os permissionários do restaurante Dourado do Madeira e O Canto do Boto não têm nada contra e nem a favor dos eventos realizados por terceiros na Rua José de Alencar, entre as ruas Floriano Peixoto e José do Patrocínio, ao lado do Mercado Cultural”, aponta uma nota enviada à redação do jornal eletrônico.
Porém, os proprietários acreditam que o encontro pode ser realizado em outro local mais tranquilo e com menos vizinhos.
“Para o bem dos moradores e comerciário da região, o certo era os organizadores do ‘Pancadão’, com apoio dos órgãos competentes, arrumarem um local apropriado para a diversão das pessoas que gostam desse espetáculo de música eletrônica”.
Polícia
Em contato com o 1º Batalhão da Polícia Militar, o comandante major Wilton Amorim, afirmou que já está tomando providências em relação ao pancadão no Centro de Porto Velho.
“Eu assumi o batalhão tem uma semana apenas. Mas já estamos tomando providências para monitorar o que está acontecendo lá. Porém, tem que ser uma ação conjunta, não só da Polícia Militar, mas de várias instituições. Em breve, teremos notícias”.
Veja nota completa de esclarecimento dos permissionários do Mercado Cultural:
No dia 24 Janeiro, os permissionários do Mercado Cultural completaram dois anos de atividades transformando o local um ponto de encontro dos porto-velhenses, com eventos gastronômicos e musicais que ocorrem de segunda a segunda, das 19h às 23h20.
Essa ação dos permissionários com apoio da prefeitura de Porto Velho, através da Funcultural, no espeço público, histórico, turístico e cultural da capital rondoniense vem gerando mais de 40 empregos direto e 220 indireto com contratações de músicos, artistas e serviços terceirizados e fornecedores, gerando renda e receita ao município.
Os permissionários do restaurante Dourado do Madeira e o O Canto do Boto não tem nada contra e nem a favor dos eventos realizados por terceiros na rua José de Alencar, entre as ruas Floriano Peixoto e José do Patrício, ao lado do Mercado Cultural.
Para o bem dos moradores e comerciário da região, o certo era os organizadores do "Pancadão", com apoio dos órgãos competente, arrumarem um local apropriado para a diversão das pessoas que gostam desse espetáculo de música eletrônica.