Onde queremos chegar? - Por Ozias de Moraes Correia Neto

Por Ozias de Moraes Correia Neto

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18 de Novembro de 2021 às 14:35

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Onde queremos chegar? - Por Ozias de Moraes Correia Neto

Foto: Divulgação

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Discute-se muito os limites aceitáveis da cidadania, se é que seja possível definir esses limites de forma coerente.

Contudo, vemos uma sociedade carente de Governo, em todas as suas esferas, (municipal, estadual e federal) e crença nas instituições, sejam executivas, legislativas ou judiciárias. Vivemos uma crise existencial. Podemos enxergar que não vivemos em um Estado Democrático de Direito.

Claramente temos Direitos surreais e Deveres de menos, e nada que funcione, não "recebo" os Direitos e não "cumpro" os Deveres.

Este é o panorama da sociedade brasileira. Se falarmos em Segurança Pública, a máxima acima mais que se aplica. Tratando de Saúde, Segurança Alimentar, Moradia, Educação, Transporte, o essencial portanto, tudo segue da mesma forma.

Não existem Governos, não existe Poder Legislativo, nem para organizar com Leis e normas aplicáveis, nem para fiscalizar. Não existe Poder Judiciário já que não se cumprem as Leis e a morosidade torna-se injustiça.

E a parte da população que se diz cidadã, como também não faz seu "dever de casa", abandona assim sua cidadania pois se justifica sempre na necessidade de sobreviver.

Há dias que perco a esperança de um mundo mais razoável, procurando ser um diferencial, um ponto fora da curva, um abnegado, ou simplesmente, um servidor público. Muito complicado se desejo ao mesmo tempo não infringir as leis.

Carro vandalizado - Fato ocorrido há quase 50 dias

No dia 01/10/2021, tive meu veículo vandalizado em uma via pública, há exatos 48 dias. Qual a resposta que obtive até o momento das instituições que deveriam garantir meu Direito Constitucional à segurança? Fácil resposta, nenhuma!

Faço parte da estrutura de Segurança Pública do Estado de Rondônia, se nossas instituições não conseguem cuidar dos "seus", imaginem como cuidam da população.

Perguntas que não se calam em meu juízo: Qual a motivação dos autores? O que ganharam com isso? Seriam simplesmente vândalos ? Por que ninguém se preocupa com os fatos?

Hoje, continuo em serviço, do qual não me afastei um dia pela Pandemia, mesmo sendo considerado do Grupo de Risco, e onde resisto a vontade de "esquecer" as leis e dirigir-me à barbárie para esclarecer o episódio.

Evidente que sou tomado pelos instintos mais primitivos do ser humano. Evidente que me pergunto diariamente o que fiz para merecer o descaso da comunidade que não me fornece informações... O que fiz por merecer o descaso da instituição a qual pertenço?

Mesmo seguindo religiosamente todos os trâmites institucionais, mesmo implorando por ajuda, sigo sem conseguir dormir direito, sigo sem a tranquilidade perdida, sigo temeroso por não conseguir garantir a segurança da minha família, crendo somente na justiça Divina.

O que ainda me conforta é a certeza que amanhã o Sol vai nascer e agradeço a Deus por me deixar por aqui mais uma vez na esperança de justiça.

Ozias de Moraes Correia Neto

Escrivão de Polícia - Governo do Estado de Rondônia

Direito ao esquecimento

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