MAU CHEIRO: Fábrica de ração no Centro de Porto Velho gera polêmica

Mau cheiro está sendo motivo de revolta para os moradores das proximidades. Dono disse que está providenciando novo local

João Vitor Muniz/Rondoniaovivo

12 de Agosto de 2021 às 15:10

Atualizada em : 13 de Agosto de 2021 às 15:47

Compartilhar via

Siga a gente no Google News

Compartilhar no Whatsapp

MAU CHEIRO: Fábrica de ração no Centro de Porto Velho gera polêmica

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.

ENTRAR NO GRUPO

Sentir mau cheiro não é agradável para ninguém. Agora, imagina você conviver com isso diariamente. É este o cenário que moradores que da região Central da capital estão vivenciando todos os dias.

Localizada na rua Rafael Vaz e Silva, sub esquina com a Av. 7 de Setembro, no Bairro Nossa Senhora das Graças, a empresa Nutrirama produz rações para animais em uma valorizada região da cidade.

Nesse pedaço da capital, existe uma grande quantidade de empresas prestadoras de serviços, nas áreas de saúde, alimentação entre outros. A atividade desenvolvida pela Nutrirama está sendo alvo de reclamação por parte dos vizinhos da empresa. O principal motivo é o mau cheiro que domina o ar.

Para fabricar a ração animal, a empresa utiliza milho e farelo de soja, que são moídos e misturados para se transformar no produto final. Este procedimento, deve ser feito de forma segura, com filtros nos maquinários, além de lavatórios e refeitórios à longa distância das instalações do local, onde é feita a manipulação dos produtos.

Porém, segundo os moradores, a fabricação desses suplementos está sendo feita de forma incorreta, e em razão disso é exalada a catinga que domina a região.

Problema à saúde

De acordo com Jacob da Costa, 72 anos, aposentado, o procedimento realizado pela empresa está causando problemas preocupantes a sua saúde. “Eu moro aqui desde 1972, e do nada apareceu um senhor e começou a moer aquele milho e farelo de soja e isso fede, além entupir a garganta e o nariz da pessoa. Eu estou muito mal”, declara.

Ainda segundo o aposentado, geralmente o serviço é feito no período noturno. “Ele faz isso a noite, e atrapalha a nossa janta. A gente não consegue ter paz”, reclama.

Jacob afirmou também, que procurou atendimento médico devido à situação. “Isso já tá acontecendo há mais de um ano... eu fui com a doutora e ela me disse para tomar um xarope que alivia a garganta para não ficar ruim. Há seis meses estou tomando o medicamento, mas, mesmo assim estou tossindo”, revela o aposentado.

Sema faz fiscalização

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) informou que realizou uma fiscalização em março deste ano, e constatou que a empresa não possuía licenciamento para atuar. Dessa forma, eles notificaram o proprietário e cobraram a regularização.

Entretanto, novamente a Sema recebeu outra denúncia, nesta semana, pelo forte odor e voltou a notificar a empresa. A Nutrirama deve solucionar o problema no prazo determinado.

De acordo com a pasta, os fiscais retornarão ao local provavelmente na próxima semana para comprovar a regularização, caso o processo se mantenha, a empresa será autuada e deverá responder na Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente (DERCCMA). Uma denúncia também será oferecida ao Ministério Público (MP/RO)

Novo espaço

Em entrevista ao Rondoniaovivo, Arildo Cezar Pereira, proprietário da casa de rações afirmou que já está preparando um novo espaço para instalar a indústria.

“A gente está com um processo na Sema e estamos tentando resolver. Nós já estamos providenciando um local. Este novo espaço deve ficar pronto em até 60 dias e fica localizado na Estrada dos Japoneses, zona Rural”, explica.

De acordo com Arildo, ele fez aquisição do maquinário que produz a ração em janeiro deste ano, mas não tinha ciência do incômodo à população. “No início do ano adquirimos as máquinas que fazem a extrusão do farelo da soja. A gente não sabia que isso estava incomodando...” declara.

Cezar disse ainda que não tem como solucionar o problema imediatamente, mas está fazendo o possível. “Como é que eu vou parar com a fabricação do nada? Nós temos funcionários para pagar e eles sobrevivem desse dinheiro. Já estamos construindo a loja em um novo espaço, em até 60 dias a gente se muda para lá”, finaliza o proprietário.

Direito ao esquecimento

Opiniões dos Assinantes (0)

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!