RECOMEÇO: Empresas apostam na manutenção de atividades para recuperar o setor

Quem sobrevive de vendas teve que inovar e buscar alternativas atrativas

RECOMEÇO: Empresas apostam na manutenção de atividades para recuperar o setor

Foto: Rondoniaovivo

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Quem anda pelas ruas  de Porto Velho,  só percebe algo diferente na rotina da cidade quando observa a população usando máscaras. Na indústria e no comércio, além das máscaras, as embalagens de álcool em gel  também são um diferencial. Passados quase um ano e meio do início da pandemia, boa parte da população já criou hábitos positivos em relação ao distanciamento social e as medidas que devem ser seguidas para se cuidar da saúde.
 
 
O gerente do restaurante Paroca, José Paroca, diz que as vendas caíram mais de 60% com a pandemia. A empresa tem quase 30 anos em Porto Velho e uma clientela fidedigna, então não havia como parar, enfatiza o gerente. Além disso, o Paroca tem mais de 20 colaboradores entre funcionários e terceirizados. Após o susto do aviso de que tudo teria que ser fechado, José disse que conversou com a equipe e todos concordaram na aposta do delivery. O resultado foi surpreendente. O restaurante conseguiu se manter no período de restrições e, atualmente, as vendas estão acima do que era antes da pandemia. “Estamos vendendo mais, e até aumentamos o quadro de funcionários. Isso é muito gratificante, pois sabemos das dificuldades que muitos empresários e comerciantes ainda continuam passando”, explica Paroca.   
 
Carros
 
O mercado de automóveis também sofreu com a pandemia. Aliás, o setor automotivo viveu algo meio paradoxal. Montadoras tiveram que parar, “trancar” produção por conta das restrições que afetaram toda a cadeia produtiva. Na contramão disso, houve uma correria às lojas para compra de veículos novos e seminovos. A maioria dos compradores era gente que tinha perdido o emprego e foi atrás do serviço de motorista por aplicativo para não ficar completamente sem renda.
 
 
Heitor Alves, Diretor Geral da SAGA Porto Velho, diz que a empresa teve impacto muito forte. As lojas do grupo chegaram a perder funcionários e colaboradores, muita gente ficou doente e não se sabia o que fazer já que o momento era de total incerteza. Heitor enfatiza que os meses de março, abril, maio e junho foram bem difíceis. O primeiro semestre de 2020  foi de prejuízo em todas as regiões - Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal - onde a Saga atua.  Como não havia vendas, houve queda de receita em todas as lojas e os vendedores ficaram sem as comissões. A demanda estava completamente reprimida, mas algo tinha que ser feito, explica o diretor. Era preciso criar uma estratégia e a aposta acabou sendo uma jornada digital, com ferramentas já disponíveis, que já existiam, mas ainda havia um ambiente  tímido de negociação. Era obrigatório dar certeza e garantia ao cliente de que havia essa possibilidade de comprar um veículo com segurança e sem risco de fraude. Para isso, a empresa investiu em tecnologia e em dispositivos de ponta que dão quase 100% de certeza nas negociações.
 
Superou
 
Heitor salienta que a estratégia foi um sucesso, onde o cliente teve a constatação de que pode comprar um veículo com segurança, sem precisar sair de casa. No sábado passado, a empresa fez uma ação chamada A Saga Tá On e bateu um recorde de vendas e de propostas recebidas. “ Temos uma equipe presencial eficiente e capacitada, mas nosso atendimento on-line é tão competente quanto o trabalho dos colaboradores que nossos clientes encontram nas lojas”, argumenta Heitor Alves.
 
Redes sociais
 
O caminho digital seguido pela Saga para driblar a pandemia também foi a aposta de “gente pequena” se comparada ao tamanho do grupo especializado em venda de veículos novos e seminovos. A microempresária Indira Jara, de 31 anos, buscou as redes sociais para driblar a crise e a inflação durante a pandemia.
 
 
Indira trabalha com venda de marmitas durante a semana e lanches com hambúrguer caseiro nos fins de semana. Para a jovem empresária, além da estratégia para manter vendas, também era preciso aumentar a clientela, e a razão é simples. Indira garante que entre os gêneros que precisa comprar semanalmente, não há um único sequer que não teve aumento. “Veja bem, ficar sem vender já era um problema, agora você imagina ser obrigado a vender mais, porque senão não daria nem para empatar no negócio. Isso aconteceu comigo logo nos primeiros 15 dias de mercado após o início da pandemia”, explica.
 
"No começo da pandemia, comprava um litro de óleo à 2,99. Cheguei a pagar mais de 8 reais. Botija de gás era 80. Já cheguei a encontrar de 104 reais recentemente. Fiz muitas pesquisas de preços nas redes sociais e grupos de Whatsapp. Minha divulgação era maciça na internet, com ajuda de amigos, amigas e familiares. Mesmo assim, de uns 15 dias pra cá que o movimento melhorou bastante, depois de um ano e três meses de pandemia", afirmou ela.
 
Responsabilidade
 
Buscar alternativas diferenciadas foi o caminho encontrado para a maioria dos grandes e pequenos empresários que precisam manter suas atividades. É importante destacar também que o trabalhador tem igual ou maior responsabilidade que o empresariado para que o dia a dia seja tranquilo. O empregador precisa de seu colaborador, que precisa do salário para manter seus compromissos e família, que precisa estar consciente de que é obrigado a cuidar da saúde para que toda a cadeia produtiva funcione. Não adianta obedecer distanciamento social,  seguir medidas sanitárias e usar máscara somente no trabalho, se ao retornar para casa não é dada a mesma importância para a saúde, como ocorre no serviço. A vacina chegou, está aí, é muito importante, mas ela será ainda muito mais eficiente se cada um tiver consciência dos cuidados que devem ser mantidos e que não tem data para serem deixados de lado.
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