Diretores do Sindsaúde foram recebidos em audiência na manhã da última terça-feira, 15, pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Rondônia
Foto: Divulgação
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Os deputados da Comissão de Saúde, Ismael Crispim, Dr. Neidson e Alan Queiroz, saíram em defesa dos servidores e demonstraram certa indignação com a atitude do secretário Fernando Máximo. Ismael Crispim disse na reunião que vai elaborar um Decreto Legislativo para suspender o ato do Executivo estadual que suspende a alimentação dos servidores nas unidades de saúde.
Segundo Ismael, que disse ter recebido críticas às ações do Executivo sobre o auxílio-alimentação, a gratificação independe de jornada de trabalho, bastando apenas que os beneficiados sejam servidores em exercício nas atividades do cargo. Da reunião também participaram os deputados Jair Monte e Adelino Folador.
A presidente do Sindsaúde, Célia Campos, ainda expôs outras questões, que poderão inviabilizar o trabalho dos profissionais de saúde nas unidades estaduais. Segundo ela, o auxílio-alimentação não é suficente para manter a alimentação diária de servidores. “Se o servidor abandonar o posto de serviço para ir se alimentar, ele corre o risco de sofrer processo disciplinar. Se o Governo quer que o trabalhador dependa do auxílio, basta aumentar o valor da gratificação”, comentou.
A líder sindical disse ainda que há divergência sobre a questão da concesão do auxílio-alimentação, no Executivo estadual. Célia citou um Parecer do procurador-geral adjunto Tiago Cordeiro Nogueira, na qual ele avocou para si a questão e deu Parecer favorável à concessão do auxílio-alimentação a TODOS os servidores estaduais pertecentes ao quadro de pessoal da Sesau e que estão lotados e em pleno exercício nas unidades estaduais.
“Como se vê, o secretário Fernando Máximo está atropelando a Lei estadual e indo contra um Parecer da Procuradoria-Geral estadual. Se o ato continuar em vigor, os servidores irão cruzar os braços a partir do dia 1º de julho em todas as unidades do Estado, pois não iremos tolerar a retirada desse direito que nos é garantido pela legislação. O Governo não pode usar um direito adquirido como moeda de troca com a alimentação, que é uma obrigação estatal”, disse Célia Campos.
Ao finalizar, Célia Campos criticou o secretário Fernando Máximo que tomou uma decisão totalmente impopular e contra os servidores, lembrando que a categoria da saúde foi a que mais sofreu baixas durante a pandemia. “Inúmeros colegas que trabalham na linha de frente na pandemia vieram a óbito e esse é o pagamento que a Sesau dá de reconhecimento pelo trabalho desses profissionais”, lamentou.
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