CONEXÃO RONDONIAOVIVO: Dr. Ida Pérea explica sobre o aumento de morte materna durante a pandemia

Dr. Ida Pérea explica o princípio da morte materna, seu desenvolvimento e o desfecho da situação no programa 'Conexão Rondoniaovivo'. Assista a entrevista abaixo

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A médica ginecologista Ida Pérea se disse preocupada com o aumento de morte de mulheres grávidas ou puérperas em Rondônia, devido as complicações causadas pelo coronavírus. Ela defende que essas mulheres entrem no grupo de prioritários para receber a vacinação da covid-19.
 
Ida explicou, durante entrevista ao programa ‘Conexão Rondoniaovivo’, na última segunda-feira (14), que, até antes da pandemia, os índices de mortalidade materna haviam caído bastante, com a curva decrescente, cada vez mais, acentuada. 
 
Porém, com a pandemia, essa tendência mudou e, infelizmente, os números de mortes dessas mulheres explodiram.
 
A mortalidade materna hoje no Brasil, que já ocorreu neste ano de 2021, é praticamente toda a quantidade que ocorreu no ano anterior (2020)”, afirmou.
 
Falta de orientação
 
Segundo a médica, a mortalidade materna não ocorre quando os órgãos são paralisados, mas ela vem em um processo longo, desde quando a mulher tem uma gravidez inesperada. 
 
Aquele momento da morte, é só o momento em que ela (mulher) fecha os olhos, porque na verdade, essa morte começou a acontecer no momento em que a mulher teve uma gravidez não planejada, porque a ela faltou acesso a métodos contraceptivos eficazes”, explica.
 
A médica explicou ainda, que o princípio da morte ocorre ali, depois o processo continua em um pré-natal (acompanhamento médico de gestação) inadequado, uma assistência ao parto inadequada e, por fim, fecha os olhos e morre.
 
Ida comparou também que a morte materna se iguala ao feminicídio. “A morte materna é só o desfecho de uma situação que já vinha ocorrendo, e que não foi interceptada a tempo e de forma eficaz”
 
1088 mortes
 
Desde o início da pandemia da covid-19, surgiram dúvidas se mulheres grávidas e puérperas teriam um risco maior para o vírus, caso infectadas, desenvolveriam graves infecções da doença.  Diversas análises iniciais, ainda na cidade chinesa de Wuhan, onde surgiram os primeiros casos, descartaram essa hipótese. No entanto, não demorou muito, para que começassem a sair estudos mostrando o contrário. 
 
Conforme informou a doutora, a tragédia das gestantes foi anunciada ainda nos primeiros momentos da pandemia. Segundo Ida, em maio deste ano, o Brasil chegou a 1.088 mortes maternas por covid-19.
 
A médica comparou ainda que nos Estados Unidos, onde os casos de covid e os riscos de contraírem o vírus foram maiores, os números foram bem menores. Também até maio, o país norte americano, registrou 108 mortes maternas pelo coronavírus.
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