O governo de Rondônia voltou a liberar as aulas presenciais em todo o Estado, devido a fila de espera por Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está zerada há mais de 10 dias e os leitos intensivos não terem atingido a capacidade máximo de ocupação.
O decreto permite a volta de 30% dos alunos, apenas nas instituições privadas e fica a critério de cada uma o retorno. A volta da rede pública está suspensa e eles continuarão de forma remota.
Porém, ainda não se pode dizer se realmente as faculdades irão voltar, isso devido ao grande número de casos registrados diariamente.
Instituições mantém o remoto
O
Rondoniaovivo conversou com as três maiores instituições de ensino do Estado, para saber qual o posicionamento delas em relação a volta das aulas presenciais.
De acordo com Guto Pellucio, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) e diretor geral da Sapiens, a maioria das instituições decidiram por manter o ensino remoto online.
Segundo Pellucio, apesar do decreto permitir, a Sapiens não pretende voltar agora devido a proporção do contágio ainda ser grande. Mas as aulas práticas que são necessárias para a conclusão do curso, estão sendo realizadas de forma presencial e respeitando as regras sanitárias.
Ao
Rondoniaovivo, o diretor geral da Faculdade Uniron, Alexandre Porto, também esclareceu a posição da instituição sobre a volta presencial.
“Vamos manter remoto. Até porque a volta é permitida com número parcial e não integral”, afirmou Porto.
Questionado se há uma pretensão de volta, ele disse que pretende aguardar. “Tem que aumentar a porcentagem de liberação. Enquanto outras atividades estão mais adiantadas, a educação tem limites”, declarou.
A Faculdade Faro também decidiu por não retomar com as aulas presenciais. Segundo a instituição, não há um respaldo preciso para voltar as aulas normais.
Conforme explicou a direção da faculdade, o decreto permite a volta de 30% e caso o presencial retornasse, a faculdade teria que triplicar o número de professores e ampliar a oferta de distanciamento.
“Nós sabemos que temos uma grande quantidade de alunos na faixa de 30 a 40 anos e até mais que isso, por esse motivo queremos prezar pela segurança de todos”, finalizou.
Professores do grupo de risco
O presidente do Sindicato dos Professores de Instituições de Ensino Superior Privadas de Rondônia (Sinpro), Luizmar Neves, afirmou que o posicionamento da entidade é voltar na fase 3, com protocolo baseado na nota técnica da Agevisa e com colaboração do Sinepe.
Ainda conforme Luizmar, a posição é devido a maioria dos professores fazerem parte do grupo de risco.
“Entendemos que esses professores que sobrevivem da docência, precisam do emprego e o papel do sindicato é garantir a saúde e a segurança destes. Por isso apelamos ao Sinepe que homologue o protocolo de retorno as aulas”, finalizou.