A situação do serviço público de Saúde oferecido à comunidade da região da Ponta do Abunã através do distrito portovelhense de Extrema de Rondônia, que já era complicada, está calamitosa desde o agravamento da segunda onda da pandemia de COVID-19 no Estado.
O hospital regional de Extrema já chegou a ser referencia no atendimento médico na região, porém atualmente não consegue dar suporte às necessidades mais básicas da comunidade, deixando os moradores expostos e com a saúde em risco.
Na unidade médica não é realizado qualquer exame laboratorial e de acordo com o radialista local, Val Gomes, o motivo da suspensão dos exames é que o Governo do Estado não paga o laboratório há seis meses.
“As pessoas estão morrendo porque não dão a mínima para os distritos, vivemos em um total abandono em nossa região. O Governador colocou um diretor no Hospital Regional que não fala com ninguém, não resolve nada e só anda de cara feia”, disse Val Gomes.
O hospital de Extrema de Rondônia também atende indígenas Kaxararis infectados pela COVID-19.
Pobreza na região
Além dos impactos econômicos causados por conta da pandemia de COVID-19, a comunidade de Extrema vem passando por uma situação de pobreza preocupando.
Depois de seguidas operações para conter o avanço do desmatamento ilegal na região, diversas madeireiras paralisaram suas atividades, sendo que para muitos trabalhadores era a única fonte de renda de suas famílias.
Os próprios moradores do distrito estão fazendo coletas de alimentos para doarem à essas pessoas mais necessitadas. Eles pedem ajuda humanitária no local.