BEM PARANÁ - A nova tecnologia proposta pelo Banco Central, Pix – que auxilia pessoas físicas a realizarem operações financeiras de maneira simplificada –, pretende democratizar os pagamentos, deixando vago o destino das transações no estilo TED e DOC.
Com o Pix, a ideia é que transferências sejam realizadas sem nenhuma taxa adicional e instantaneamente, facilitando cada vez mais a circulação de dinheiro. Assim, em qualquer dia ou horário – inclusive feriados –, será possível efetuar um pagamento.
No mercado atual existem as possibilidades TED e DOC, que funcionam dentro de uma série de limitações. Além de serem feitas apenas em dias úteis e em horários restritos, essas modalidades requerem taxas, que podem chaegar a até R$ 20,00.
A nova possibilidade proposta pelo Banco Central será uma forma de diluir empecilhos que consumidores e empresas enfrentam na dinâmica financeira atual, além de reduzir custos e diminuir riscos. Segundo o especialista em Direito Empresarial e Societário, Marcelo Godke, o Brasil irá entrar na modernidade financeira: "Vários outros países já adotam sistemas similares. O custo de fazer o dinheiro transitar vai cair, teremos mais agilidade e menos risco, já que a liquidação das transferências acontece basicamente em tempo real", conta Godke, via assessoria de imprensa.
Depois de instaurado, o novo sistema trará um cenário de concorrência que pode fazer com que seu sucesso seja ainda maior. Para Godke, aqueles que não se adaptarem ao novo mercado estarão fadados ao fracasso em um futuro próximo. Apesar de ainda taxar lojistas e transações entre pessoas jurídicas, os custos devem ser menores do que os atuais.
Para usufruir do novo recurso, será preciso fazer um cadastro, que estará disponível para pessoas físicas e jurídicas no do dia 05 de outubro. A partir desse registro, o usuário utilizará uma chave como forma de identificação, excluindo a necessidade de informar agência, conta e CPF ao realizar transações. Os pagamentos poderão ser feitos via Chaves Pix, QR Code e NFC (técnica de troca de dados por aproximação).
Além de ameaçar o uso de TED e DOC, o Pix também compromete a popularidade dos cartões de débito, visto que compete no quesito instantaneidade, porém trazendo um leque maior de possibilidades.
Apesar de ainda não substituir os cartões de crédito, está nos planos do Banco Central modernizar ainda mais o Pix, fazendo com que ele possa efetuar pagamentos parcelados – o que poderá tornar a tecnologia dos cartões obsoleta.