Confira a coluna de Selmo Vasconcellos
Foto: Divulgação
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6ª PARTE – 15 de agosto de 1991(001) a 30 de DEZEMBRO de 1995 (249)
MOMENTO LÍTERO CULTURAL, atualizado no jornal rondoniaovivo.com
Principais participantes e poesias
M.L.C. Nº 001 – 15.agosto.1991
APARÍCIO CARVALHO - Porto Velho, RO.
O homem não é como trevas
Que se acaba com a luz
Ele vive mais concreto
Na palavra que conduz
M.L.C. Nº 005 – 12 de setembro de 1991.
MIMI PAEZ – Copiapó, CHILE
Se me dieran a elegir
entre el pan y La liberdad...
elegiria La liberdad
para luchar por el pan...”
M.L.C. Nº 009 – 10 de outubro de 1991.
SELMO VASCONCELLOS
O índio Karitiana não treme, não teme
Sai pelos rios Machado, Mamoré, Madeira...
Enfrenta mutuca, pintada, corredeira
molhando a sua piroga e não geme.
M.L.C. Nº 023 – 16 de janeiro de 1992.
DOM HÈLDER CÂMARA
Vamos exigir que os governantes tenham coragem de nos dizer a verdade sobre o Brasil. O Brasil suporta as verdades, não precisa de mentiras
M.L.C. Nº 029 – 27 de fevereiro de1992.
VIRIATO MOURA – Porto Velho, RO
Nos galpões ocres
da Madeira-Mamoré
há sempre um velório
para o velho trem
da nossa história.
M.L.C. Nº 043 – 4 de Junho de 1992
LUÍS FERNANDES DA SILVA – João Pessoa, PB.
Um dia
Quero colecionar estrelas,
Ficar na janela
A boca da noite
E assustar o céu.
M.L.C. Nº 048 -9 de Julho de 1992
JOANA D’ARC OLIVEIRA – São Paulo, SP.
ALARDE
Minha boemia é sutil,
Fica viúva depois
Que o sono chega...
M.L.C. Nº 054 – 20 de Agosto de 1992.
KLEON MARYAN – Porto Velho, RO.
A um homem faminto dificilmente
Acontecem sentimentos nobres e elevados.
Sua mente está presa ao estômago.
7.Janeiro.1993 – M.L.C. Nº 074.
MARCOS SOUZA GOMES – Porto Velho, RO.
“Ouço a aclamação de uma gente que carece de heróis;
Patamar de tristes histórias políticas que esse país tem;
Cuja devoção patriótica nos corrói.”
18.Fevereiro.1993 – M.L.C.Nº 080.
LEONTINO FILHO – Natal, RN
Gotejando nas calhas
Pingamos sonhos
Aguardo as áridas ilusões
Gelamos delírios
SONIA RODRIGUES – Bebedouro, SP
A juventude é perpétua
Para quem sabe viver.
A felicidade é eterna
Para quem sabe morrer.
INÊS CANCELIER – Ouro Preto do Oeste, RO
Em meus pensamentos
Criei esconderijos,
Acasalei ideias,
Sufoquei emoções,
Na felicidade de estar
Triste por amar.
12.Junho.1993 – M.L.C. Nº 096.
JURANDIR COSTA – Porto Velho, RO
A influência do mestre não
Deixou-me pensar
Não hesitei
Sonhei poder soooonhar
Pen-san-do
18.Fevereiro.1994 – M.L.C. Nº 134.
URHACY FAUSTINO – Rio de Janeiro, RJ.
O casulo feito
bicho dentro dele dorme
vestido de seda.
26.Março.1994 – M.L.C. Nº 141.
LORETTA EMIRI, Boa Vista, RR
PELES VERMELHAS
Menstruação, a Mulher é vermelha.
Sangue, a luta é vermelha,
Pele, dos yanomami é vermelha.
Nas veias da mulher, utopia.
Nas entranhas da luta, esperança.
Na carne amada, sentindo colorido da vida.
28.Maio.1994 – M.L.C. nº 152.
SÉRGIO VALENTE – Porto Velho, RO.
Em vez que prender os assassinos, ladrões, estupradores etc., deveriam prender os honestos: são tão poucos que sobraria lugar nas cadeias brasileiras. Rarará.
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10.Junho.1994 – M.L.C. nº 154.
JOSÉ AILTON FERREIRA “BAHIA”
Ah! Se todos os foliões do país
Se envolvessem numa revolução popular,
Certamente as cinzas seriam outras.
8.Julho.1994 – M.L.C. nº 159.
HELI MAIA – Uberaba, MG.
DA PESCARIA
Só nos resta
Pescar estrelas
Com nosso
Caniço de bambu.
15.Julho.1994 – M.L.C. nº 160.
HÉLIO COSTA
Se o amor não fosse abstrato
Teus olhos veriam o quanto te amo. _
22.Julho.1994 – M.L.C. nº 161.
ORLANDO BRITO – São Luís, MA
ESPERANÇA
No porto dos meus anseios
Esperanças são navios,
Que de manhã partem cheios
E a tarde voltam vazios.
5.Agosto.1994 – M.L.C. Nº 164.
MÔNICA BANDERAS – Rio de Janeiro, RJ.
VACCUS
A voz do mundo é oca
Como oca é a voz do útero
Na hora do parto.
SIMÃO PESSOA – Manaus, AM
Pó é pólen é poesia:
Palavras jogadas ao vento
Que o silêncio pronuncia.
12.Agosto.1994 – M.L.C. Nº 165.
.ANAND RAO – Brasília, DF.
TINTA
A caneta
Escreve poemas de esquerda
Com a mão direita.
23.Setembro.1994 – M.L.C. Nº 172.
EDNÓLIA FONTENELE – Estância, SE.
É AMAR OU MORRER
Teu amor é uma navalha
A me ameaçar
Com séculos de indiferença
Ou um minuto de eternidade.
26.Novembro.1994 – M.L.C. Nº 184.
MADO – Porto Velho, RO.
AS GRANFINAS
Não tenho muita certeza
Deixo para os ibrains
Esses sabem quanto custa.
02,Dezembro.1994 – M.L.C. Nº 185.
RICARDO AQUINO – Rio de Janeiro, RJ.
RESTOS
Meninos e meninas de rua
não são restos de gente,
eles nem cresceram...
17.Fevereiro.1995 – M.L.C. nº 200.
APRYGIO NOGUEIRA – Passa Tempo, MG.
Roubaram com tal fervor
Nesse governo passado
Que o novo Governador
Está procurando o Estado.
24.Março.1995 – M.L.C. nº 205.
ELMANTOS – Embu das Artes, SP
A poesia é a minha casa
E o resto o meu quintal.
1º.Abril.1995 – M.L.C. nº 207.
ISMÊNIA FONSECA FARAONE – Americana, SP
LASCAS
Antigamente
sofria muito
com as “lascas”
hoje... estou tão “lascada”
que podem lascar tudo
que não sinto nada!
ESTHER MOURA – Rio de Janeiro, RJ
DESABAFO
Pobre da minha velhice!
Sem apoio ou proteção,
tenho que sobreviver
com um salário de pensão.
ILKA MATHEUS – Niterói, RJ
Preciso viver aquilo que mais temo
Preciso viver a experiência
de uma folha ao vento
BRITO FILHO – São Paulo, SP
Todo idiota é egoísta, falso, mentiroso,
Interesseiro e muito mais.
Idiotice é uma doença perigosa
Que deve ser tratada imediatamente.
Basta o idiota se tocar.
7.Abril.1995 – M.L.C. nº 208.
BENVINDO PEREIRA – Porto Velho, RO
Somos pingos da mesma chuva
HERBERT LAGO CASTELO BRANCO – Brasília, DF.
POETA TRANSCENDENTAL
És um pássaro de vidro
e as tuas asas é a imaginação.
Voa! Pássaro prisioneiro
e canta os teus líricos versos
de poeta transcendental
Tens um peito magnético
e memória de cristal
Voa para o oásis,
poeta imortal.
IACYR ANDERSON DE FREITAS – Juiz de Fora, MG
DA INUTILIDADE
inútil buscar correspondências
onde o mais se esvazia
inútil a febre por armar-se;
o encanto dessa ilha
acende em nós sua geografia.
1º.Julho.1995 – M.L.C. nº 223.
AMÉLIA SPARANO – Rio de Janeiro, RJ
RODÍZIO
Vida, fermento impuro
Da escura terra
e a podridão do adubo
a flor e o fruto,
o pólen e a semente.
E logo,
pétalas murchas,
polpa putrefata
criando adubo
a alimentar a vida.
29.Julho.1995 – M.L.C. nº 227.
CELDO BRAGA – Manaus, AM
COISAS DA VIDA
Lembrando histórias do boto
que um caboclo me contou
o boto virava gente!
E gente que era o homem
em que bicho se virou?...
16.Setembro.1995 – M.L.C. nº 234.
ALBERTINA MOREIRA PEDRO – Rio de Janeiro, RJ
Pelos caminhos que andares,
separa o joio da espiga,
para que a mão que apertares
não venha a ser inimiga.
MARINA DE FÁTIMA DIAS – Campo Grande, MS
No papel
Flores pequeninas...
Suave decoração
Deixo em suas linhas
Flores da inspiração
São meus versos
Ornamentos do coração.
23.Setembro.1995 – M.L.C. nº 235.
MERCEDEZ VASCONCELOS – São Paulo, SP.
ANJO
Vi passar por mim
um anjo brilhante
nas mãos carregava
rosas amarelas
inundou meu ser
tal qual uma aquarela!
30.Setembro.1995 – M.L.C. nº 236.
OSAEL DE CARVALHO – Rio de Janeiro, RJ
Um pão que se tira da mesa
e em ajuda se oferece.
É benção caída do céu,
como o cantar de uma prece.
8.Dezembro.1995 – M.L.C. nº 246.
CLÁUDIO FONSECA – Manaus, AM.
...SALPICAVAM NOSSO CHÃO
A porta do barraco
era sem trinco.
Dentro, os meninos metralhados!
Trapos coloridos
do Brasil, florão da América,
ao sol do Novo Mundo
iluminados.
30.Dezembro.1995 – M.L.C. nº 249.
LEONILDA HILGENBERG JUSTUS – Ponta Grossa, PR
SAUDADES
Prendi a saudade
no varal
da conformação.
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