Prefeito defende empreendimento que pode 'atrair milhões de turistas'
Foto: Divulgação
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O prefeito Marcelo Crivella defendeu, nesta segunda-feira a instalação de um grande cassino na região do Porto do Rio. Bispo licenciado da igreja Universal do Reino de Deus, Crivella ressaltou que é contra o vício, mas também contra a miséria, o desemprego e a estagnação da nossa economia. Como anteciparam o jornal "Valor Econômico" no último dia 13 e o jornalista Elio Gaspari em sua coluna no GLOBO deste domingo, Crivella quer a ajuda do presidente eleito Jair Bolsonaro para aprovar no Congresso Nacional uma lei que permita abertura de um empreendimento do bilionário americano Sheldon Adelson. Ele seguiria os moldes do que o magnata construiu em Cingapura.
- Eu sou contra o vício, mas eu sou contra a miséria, sou contra o desemprego, sou contra a estagnação da nossa economia. Vendo a nossa juventude terminando o curso escolar eu não encontrando lugar para trabalhar. O Congresso vai decidir e se houver uma licença. Não é abrir o jogo em toda esquina, não estamos falando de máquinas caça-níqueis, não estamos falando de bingo em todo lugar. Nós estamos falando de um cassino, um só na cidade do Rio de Janeiro, que tenha a capacidade de atrair milhões de turistas - disse o prefeito, na cerimônia de entrega de mil pistolas de choque a guardas municipais.
Segundo Crivella, o resort-cassino terá a capacidade de gerar milhares de empregos:
- O que me trouxeram é que haverá hotéis, centro de convenção, centro de exposição, um grande shopping e 5% do empreendimento seriam um cassino. Se for assim, se gerar 50 mil empregos, se houver investimento de US$ 10 bilhões, eu sou favorável que venha - afirmou.
Jogos do cassino do hotel Marina Bay, em Cingapura Foto: Reprodução
Crivella disse também que pretende criar mecanismos para evitar que pessoas se descontrolem e fiquem viciadas em jogo:
- Agora, é claro que tem que haver os controles. Em Cingapura, quem está com o nome no Serasa de lá não pode ir. Se uma dona de casa diz que o seu marido está gastando os recursos de sobrevivência do lar, ele também é proibido de entrar. Portanto, eu tenho a esperança de que isso seja um local que atraia turistas, pessoas que têm recursos para gastar lá. Se não fizermos aqui, as pessoas vão continuar indo gastar ou nos Estados Unidos ou em outro lugar, como Uruguai.
O prefeito também fez críticas ao legado da Copa do Mundo e das Olimpíadas:
- Estão aí a Copa do Mundo, as Olimpíadas. Gastamos bilhões e quantos empregos geram hoje a Olimpíada, por exemplo? Aliás, todos aqueles estádios geram custeio, mas não geram emprego nem aumentaram o turismo. Então, nós temos que ser pragmáticos - finalizou.
O empresário Sheldon Adelson Foto: Reprodução
Em entrevista ao "Valor Econômico", Crivella contou que recebeu a visita de Adelson e "ele está interessadíssimo. A ideia dele era comprar [a área do aeroporto] Santos Dumont. Tirei isso da cabeça dele, para ele comprar o Porto Maravilha. E nós termos aqui um cassino tipo o que ele fez em Cingapura, onde 5% é o cassino, e tem centro de exposição, centro de convenções, hotel, com duas torres enormes, de 50 metros, e piscina lá em cima. Ele me disse que fatura mais em Cingapura do que todos os cassinos de Las Vegas" .
Na entrevista, Crivella disse que "Cingapura tinha 6 milhões de turistas e passaram para 20 milhões. O Adelson, que é o maior doador do Estado de Israel, me disse que não há hipótese de não dobrarmos o número de turistas para cá. Acho que essas superlicenças devem ser [aprovadas] em três, quatro lugares no Brasil, é o que imagino. Tenho certeza [de que a ideia será bem aceita no meio religioso] porque as pessoas sabem que se não tivermos emprego, vamos para o caos social", afirmou.
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