As entidades consideraram “a existência de estudos científicos/sociológicos sólidos sobre a existência de uma cultura do estupro"...
Foto: Divulgação/facebook
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Recomendação conjunta assinada por membros do Ministério Público Federal (MPF/RO) e da Defensoria Pública do Estado (DPE/RO) fez com que a Associação Atlética Acadêmica Orlando Leite Carvalho (AAAOLC), conhecida como Atlética Muralha, alterasse o nome da festa que irá comemorar seus quatro anos de existência.
As entidades consideraram “a existência de estudos científicos/sociológicos sólidos sobre a existência de uma cultura do estupro – consistente na normalização e atitude de permissividade em relação a alguns comportamentos sexuais e de gênero eminentemente misógenos – com traços identificáveis na sociedade brasileira, ou em nichos sociais/regionais dessa sociedade, e que esse tipo de sugestão (ARRANCABAÇO) ainda que não intencional, pode reforçar tal cultura, vulnerabilizando ainda mais a posição da mulher na sociedade”.
Nota de Esclarecimento da Associção Atlética / Reprodução-Facebook
Levaram em conta, ainda, que “considerando que traços de tal cultura consistem justamente em culpabilizar a vítima, objetificação sexual, trivialização do estupro, negação de estupros, recusa de reconhecer o dano causado por algumas formas de violência sexual ou alguma combinação entre esses comportamentos”.
Na visão dos defensores públicos Gilberto Leite Campelo e Silmara Borghelot, além dos procuradores da República Daniela Lopes de Faria e Gisele Dias de Oliveira Bleggi Cunha, a nomenclatura “Arrancabaço”, há pouco utilizada pela Atlética Muralha, incitava o estupro.
Após a recomendação, a entidade alterou o nome da comemoração para “Carneirada”. Além disso, publicou uma Nota de Esclarecimento em sua página oficial no Facebook manifestando, entre outros pontos, total repúdio à “cultura do estupro”.
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