Rondônia registrou um aumento de 27% em comparação ao ano passado.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
No ranking das dez cidades que mais registram focos de queimadas está Porto Velho, perdendo apenas para as cidades de São Félix do Xingu e Altamira, ambas do estado do Pará.
Nesta sexta-feira, 29, a capital rondoniense contabilizava 3.711 focos de incêndio (anual). A Secretaria Municipal do Meio Ambiente disponibiliza os números 0800- 647- 1320 e o 9 9374-8556 para denúncias ou pedido de informações.
Rondônia
Rondônia registrou um aumento de 27% em comparação ao ano passado. Em setembro de 2016, foram 4.238 focos, em 2017, 5.392 focos de queimadas.
Em todo o estado, as cidades de Porto Velho e Nova Mamoré são os municípios com o maior número de focos em ambos os anos (2017 e 2016). Em setembro de 2016, Porto Velho registou 1.432 focos, e 2017 já somam 1.467. Nova Mamoré contabilizou 367 focos em setembro de 2016, já em 2017 o número praticamente dobrou com 662 focos.
Recorde/Brasil
Matéria divulgada pela Folha de São Paulo mostra que este ano o Brasil vem batendo recordes de queimadas. Só nos primeiros 27 dias de setembro, o sistema de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) já identificou 105 mil focos de incêndio, recorde desde que o instituto começou a monitorá-los, em 1998.Em setembro de 2016, foram 44 mil focos. A média para o mês é 55 mil.
O acumulado de janeiro a setembro também é o maior da série histórica, com 195 mil focos, 51% a mais que 2016. "Nessa época do ano, praticamente 100% dos incêndios são causados por ação humana", diz Gabriel Zacharias, coordenador do Prevfogo, órgão do Ibama de prevenção e combate às queimadas.
Causas
"A intensidade, a expansão, o impacto na vegetação, a dificuldade de combate, tudo isso tem relação com o clima seco e ajuda a propagar o incêndio florestal. Mas isso não começa o fogo, o que começa é a ação humana", diz. Alberto Setzer, coordenador do monitoramento de queimadas do Inpe, elenca uma série de causas, como facilitar a derrubada de florestas, dar fim à matéria orgânica, impedir que a vegetação renasça e criar pastos.
Cita também conflitos territoriais, descontrole no manejo de plantações e queima de lixo. Não raro, queimadas também são provocadas por fogueiras de caçadores e pessoas que acampam, além de acidentes com automóveis.
E por que este ano é o pior? Pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA, Cláudia Ramos, diz que "há uma tendência histórica de que toda vez em que há uma baixa na economia, que o governo fica sem recursos, as ações de comando e controle ficam desfalcadas". Com uma fiscalização menor, as pessoas ficam menos inibidas a iniciar as queimadas, diz.
"O mais importante é não colocar a culpa na seca, que acontece há anos, com maior ou menos intensidade. Enquanto não houver uma fiscalização que consiga dar conta desse monte de queimadas, a gente vai lidar com incêndios florestais. E no ano que vem você vai me ligar de novo para saber por que os incêndios aumentaram", diz.
Setzer, do Inpe, concorda, e não vislumbra uma melhora no cenário nos próximos meses. "Aqui no Sudeste, logo começa a época de chuvas e a tendência é que diminua o número de queimadas. No sul do Pará e em outros lugares, o pico é em outubro."
Fonte: Folha de São Paulo
Edição: Rondoniaovivo
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!