A atividade faz parte do programa de humanização do atendimento implantado pelo governo de Rondônia. Além da terapia lúdica, que ajuda as crianças a responder melhor ao tratamento, o objetivo é deixar o ambiente mais colorido e, ao mesmo tempo, aproximar
Foto: Divulgação
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Vários palhaços se reuniram na sexta-feira (10), na ala de Oncologia Pediátrica do Hospital de Base Ary Pinheiro (HB), em Porto Velho, que completou 12 anos de atividades. Conhecido como “Anjos da Alegria”, o grupo formado por acadêmicos de medicina e enfermagem realiza trabalho voluntário com crianças em tratamento.
A atividade faz parte do programa de humanização do atendimento implantado pelo governo de Rondônia. Além da terapia lúdica, que ajuda as crianças a responder melhor ao tratamento, o objetivo é deixar o ambiente mais colorido e, ao mesmo tempo, aproximar as famílias, conforme explicou o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel.
“No total, 150 crianças fazem tratamento contra o câncer. Atualmente, cinco estão internadas lutando pela vida”, disse o médico Robson Cardoso, coordenador da oncologia pediatra do HB, adiantando que a maioria das crianças que passam pela oncopediatria está em tratamento de leucemia, doença causada por fatores genéticos, além da contaminação por agrotóxico e mercúrio, comum nos rios da região.
José Leônidas tem 9 anos e há um ano e dois meses foi diagnosticado com leucemia. A mãe, Rusia Maria, não hesitou em largar o esposo e mais dois filhos em Manicoré, no Sul do Amazonas, para vir para Porto Velho fazer tratamento no filho. Ela destaca a qualidade do tratamento e o carinho e acolhida dados pelos profissionais. Rusia relata que o calor humano é muito importante para que a família tenha força e confiança na resposta do tratamento.
Katiane Pereira, que acompanha o filho também com leucemia, disse que as crianças são atendidas por vários profissionais: oncologistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Solimar Neves, terapeuta ocupacional, acompanha os pequenos nas duas brinquedotecas do hospital. E afirmou que é um dos momentos mais gratificantes de sua vida. “É neste momento que as crianças esquecem um pouco a doença”, afirmou.
Francisco Helton, acadêmico do curso de medicina, passa vestido de palhaço várias horas dos seus dias. Ele faz parte do grupo “Anjos da Alegria”, que ajuda a pôr um sorriso nos rostos das crianças.
O médico Robinson Machado Yaluzam, coordenador técnico do setor, destaca o avanço na qualidade do atendimento, a ambientação, a infraestrutura técnica e pessoal. Para ele, a melhoria do atendimento está diretamente ligada ao investimento que o governo vem fazendo nos últimos anos na área.
INVESTIMENTOS
No total, cerca de R$ 50 milhões por ano são investidos pelo governo de Rondônia no tratamento do câncer, em duas cidades polos. Os recursos são aplicados nas unidades Barretinho, em Porto Velho; São Daniel Comboni, em Cacoal; oncologia pediátrica do HB, também na capital; além de custear o tratamento fora de domicílio (TFD).
De acordo com o secretário Pimentel, 156 pacientes são atendidos todos os meses pelo setor de oncologia do HB, na área de ambulatório. O número de internação gira em torno de 35 crianças ao mês. Eles vêm de todos os municípios do estado, Sul do Amazonas, Acre e Bolívia.
Segundo Pimentel, o investimento do governo é importante. Mas o calor humano, atenção especial, o carinho dado por todos os profissionais não tem dinheiro que pague. Para ele, esse novo modelo humanizado na Saúde de Rondônia faz a diferença no resultado final, que é salvar e cuidar das pessoas.
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