Sindur não vê crise na Caerd e exige aumento para os marajás que recebem até R$ 22 mil por mês

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Foto: Divulgação

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Os servidores da Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd) deflagraram greve nesta terça-feira (9) por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Urbanitários (Sindur), o grupo reivindica a negociação do acordo coletivo de trabalho (ACT) que prevê a reposição de perdas salariais do último ano, com percentual de 9,83%. Do outro lado, a Caerd informa que já compromete cerca de 80% de toda a arrecadação com folha de pagamento e que pelo atual momento de crise em que passa todo o país, se for concedido o que a categoria pede, ou a empresa quebra ou terá que ser repassado o valor ao consumidor.

O presidente do Sindur, Nailor Gato, informa que cerca de 70% dos trabalhadores a empresa em Porto Velho, Jaru, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Colorado do Oeste, Guajará-Mirim, Ariquemes, Costa Marques e Ouro Preto aderiram ao movimento. “O motivo é por conta da intransigência do acordo coletivo de trabalho que a empresa não está negociando. Esse nosso acordo é de dois anos. Nós entregamos a pauta de reivindicações em abril e até agora a diretoria não foi à mesa de negociações. Nem na Superintendência do Trabalho a empresa não compareceu”, informa o Nailor.

De acordo com a diretoria da Caerd, a empresa passa por um momento de baixa arrecadação, assunto já conhecido por todos os servidores, e não há condições de oferecer reajuste salarial. Em relação ao não comparecimento à negociação, a direção afirma que mesmo antes da reunião, o sindicato já havia deflagrado a greve e por isso frustrou as tentativas da empresa em um acordo com a categoria.

Para a empresa, não há falta de condições de trabalho aos servidores, uma vez que a maioria trabalha em ambientes com ar-condicionado, salas estruturadas e demais equipamentos necessários para o atendimento do consumidor. Ainda para a direção da Caerd, o maior prejudicado tem sido o consumidor, já que, devido a baixa arrecadação, a taxa de inadimplência elevada, não sobra recursos para serem investidos na melhoria do sistema. “Temos feitos malabarismos todos os meses”, afirma a direção.

A manifestação do grupo concentra-se em frente do prédio central da Caerd, na Avenida Pinheiro Machado.

Maioria dos servidores recebem altos salários

A greve deflagrada nesta terça-feira (9) pelos servidores da Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd) teve adesão, segundo o Sindicato dos Urbanitários (Sindur) de cerca de 70% da categoria em nove municípios (Porto Velho, Jaru, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Colorado do Oeste, Guajará-Mirim, Ariquemes, Costa Marques e Ouro Preto). Uma das reclamações da categoria é o alto salário pago à diretora-presidente da empresa. No entanto, de acordo com o Portal da Transparência da própria empresa, grande parte dos trabalhadores em greve recebem altos salários.

É caso da servidora Maria de Fátima Gomes de Oliveira Marques, lotada na Divisão de Crédito e Cobrança. Atualmente, Maria de Fátima recebe o salário de R$ 19.698,63. Com o reajuste de 9,83% exigidos pelo sindicato, a servidora passaria a receber mais R$ 1.930,00 em seus vencimentos, além dos auxílios previstos no Acordo Coletivo.

O mesmo caso acontece com o servidor Landoaldo Teles Novaes, lotado da superintendência de operações, com o salário de R$ 11.024,68.

Outro caso é da funcionária Gilvania Maria Noleto Barros, R$ 5.547,07, mas que não executa o seu trabalho na Caerd. A servidora está há anos a disposição do sindicato. E exatamente por conta de vários funcionários que estão próximos da aposentadoria, a Caerd afirma que foi necessária a contratação de cargos comissionados para que diversos serviços não ficassem paralisados. Ainda segundo a direção da empresa, muitos servidores, em gestão anteriores, aumentaram os próprios salários, inchando a folha de pagamento e prejudicando o desenvolvimento da empresa e dos serviços prestados por ela aos rondonienses.

 “Apesar da folha inchada, ainda conseguimos manter os salários de todos os trabalhadores em dia. Temos até o 5º dia útil de cada mês e estamos pagando sempre em dia. Eles alegam que estamos atrasando, mas não é verdade, o que acontecia antes, era que antecipávamos 20, pagando no dia 15 do mês anterior, e agora, para um melhor planejamento,  estamos pagando conforme determina a lei, até o quinto dia útil”, afirma a direção.

Salário da presidência

Em maio de 2015, a presidente da Caerd recebia o salário de R$ 21.992,63, com salário igual aos dos demais diretores. Mas uma reunião no conselho da empresa decidiu que o salário da presidência, em virtude dos trabalhos e da responsabilidade de gestão, deveria ser superior, o que foi acatado. Na mesma época, maio do ano passado, o servidor Wilson Perreira Lopes percebia o salário de R$ 22.919,26.

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