Em junho do ano passado, a conta estava negativa em R$ 8,249 bilhões
Foto: Divulgação
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A queda das receitas em meio ao crescimento de gastos obrigatórios fez o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar o maior deficit primário da história no primeiro semestre. De janeiro a junho, o resultado ficou negativo em R$ 32,521 bilhões. O rombo é bem maior que o registrado no mesmo período de 2015 (R$ 1,76 bilhões).
O deficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. Apenas
em junho, o Governo Central teve deficit de R$ 8,802 bilhões, negativo para o mês pelo terceiro ano seguido e também o maior deficit da história. Em junho do ano passado, a conta estava negativa em R$ 8,249 bilhões.
O resultado negativo em junho só não foi pior por causa da entrada, em junho, de R$ 5,2 bilhões referentes à renovação de concessões de usinas hidrelétricas.
Realizado em novembro do ano passado, o leilão rendeu R$ 16 bilhões ao governo, dos quais R$ 11 bilhões haviam sido pagos em janeiro ao Tesouro Nacional.
A queda da arrecadação provocada pelo agravamento da crise econômica continua a ser a principal causa do aumento do deficit primário em 2016. De janeiro a junho, as receitas líquidas caíram 5,1%, descontada a inflação oficial pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em relação ao mesmo período do ano passado.
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Pressionadas pelos gastos obrigatórios, as despesas totais ficaram praticamente estáveis, subindo 0,3% acima do IPCA nos seis primeiros meses do ano. Apenas em junho, no entanto, os gastos caíram 5%, descontado o IPCA em relação a junho do ano passado.
PREVIDÊNCIA
Os gastos com a Previdência Social subiram 5,4% além da inflação nos seis primeiros meses do ano. As demais despesas obrigatórias cresceram 1,5% acima da inflação. Os gastos discricionários (não obrigatórios), no entanto, caíram 5,8%, descontado o IPCA. As despesas de custeio (gasto com a manutenção da máquina pública) caíram 7,9% de janeiro a junho.
Os investimentos gastos com obras públicas e compra de equipamentos somaram R$ 26,775 bilhões, recuo de 12,4% também considerando a inflação oficial. Os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) totalizaram R$ 19,103 bilhões, queda de 12,7% descontada a inflação.
Os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 2,997 bilhões, retração real de 61,4%. A queda deve-se principalmente à autorização para que a construção dos imóveis para a população de baixa renda seja financiada com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que passou a valer neste ano e diminuiu o uso de recursos do Orçamento no programa habitacional.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!