Grupo italiano quer investir em projeto energético
Foto: Divulgação
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Investir na produção de placas fotovoltaica e destiná-las a atender diversas áreas do comércio, da indústria, e até residenciais do Estado é o projeto do empresário italiano
Guseppe Comberlato, fundador da empresa IMMMES – Project and Product, que está analisando montar dois parques produtivos no Brasil, sendo um em Rondônia.
Com investimento inicial estimado em R$ 50 milhões, Comberlato acompanhado do diretor executivo da empresa de consultoria Afluir, de Curitiba (PR), José Luis Bueno Barbosa, e também do secretário da Seagri, Evandro Cesar Padovani, esteve na segunda-feira (18/05) visitando a sede da FECOMÉRCIO em Porto Velho. Recebido pelo presidente Raniery Araujo Coelho e a gerente Executiva da Federação Cileide Macedo, o empresário italiano explicou que o interesse em torno de Rondônia se deve ao fato do Estado estar bem localizado e ser estratégico tanto para o comércio da região Norte quanto para o Centro-Oeste.
Para o presidente do Sistema FECOMÉRCIO (SESC-SENAC-IFPE), Raniery Coelho, o investimento é uma grande oportunidade do Estado de buscar novos nichos de mercado, como é o caso de tecnologias voltadas à geração de energia, principalmente a fotovoltaica, que é uma fonte limpa e renovável. “Nós acreditamos que projetos como esses são essenciais para o desenvolvimento do Estado, e nosso papel é buscar cada vez mais investidores com este pensamento para que possamos fortalecer ainda mais nossa economia”, disse, se colocando a disposição do grupo investidor para consolidar o projeto.
Ficou agendada para o dia 18/06 na sede da Fecomércio/RO uma apresentação mais detalhada sobre o projeto de instalação da unidade de produção de placas fotovoltaica em Rondônia.
NOVAS OPORTUNIDADES
O consultor Luis Bueno, que acompanhou o empresário italiano na visita, ressalta o fato de Rondônia não possuir qualquer projeto voltado à exploração de energia fotovoltaica, como já ocorre no Sul e Sudeste, onde existe inclusive legislação que incentiva o investimento em tecnologias de geração de energia. “Na nossa análise mercadológica o Estado tem potencial de consumo tanto na área urbana quanto, principalmente, nas áreas rurais. Estimamos um retorno do investimento entre 5 e 10 anos”, informa.
Bueno explica ainda que na Itália cerca de 30% da energia consumida é gerada através de sistemas fotovoltaicos, ocorrendo o mesmo na Alemanha. A Europa como bloco econômico tem até 2020 para se adequar a essa demanda, devendo promover projetos que elevem sua produção de energia limpa e renovável entre 20% e 30%.
“Mas não é somente em outros países, aqui mesmo no Brasil já há iniciativas neste sentido. No Paraná, por exemplo, tem regulamentações que permitem haver compensação para a geração excedente de energia nas residências. Isso significa que numa casa que tem placas fotovoltaicas quando geram energia demais, elas vendem o excesso para a redistribuição, compensando o valor na fatura de energia”, explica o consultor, otimista com as possibilidades do Estado de Rondônia para esse tipo de negócio.
O secretário de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária (Seagri), Evandro Padovani, destaca que o interesse da IMMMES ITALY é o resultado de um esforço constante do Governo do Estado de apresentar as potencialidades de Rondônia a outros estados e também para outros países. Ele disse que hoje o Estado conta com uma estrutura que favorece ao investidor, concedendo incentivos fiscais, apoio logístico, doação de área para instalação de empresas, assessoria para aquisição de financiamento público e outros serviços. “Além disso o Estado é um diferencial em comparação a outros. Enquanto o País praticamente não cresce, Rondônia tem crescido na ordem de 6,5% ao ano”, disse.
A EMPRESA
A IMMMES ITALY foi fundada em 1989 por Giuseppe Comberlato e atua na área de projetos para indústrias diversas. Ela oferece soluções customizadas e vantajosas que atendam aos requisitos de baixo consumo de energia, alta eficiência e impacto ambiental reduzido. Entre seus clientes estão o Grupo Veronesi, a companhia de energia italiana ENEL e a Coca-Cola.
ENTENDA O ASSUNTO
O termo “fotovoltaica” é o casamento de duas palavras: foto, que tem sua raiz na língua grega e significa “luz” e voltaica que vem de “volt” que é a unidade para medir o potencial elétrico. Para fazer isto, são utilizadas células solares formadas por duas camadas de materiais semi-condutores, uma positiva e outra negativa. Ao atingir a célula, os fótons da luz excitam os elétrons, gerando eletricidade. Quanto maior a intensidade do sol, maior o fluxo de eletricidade.
O material mais comumente utilizado é o silício. Por ser o segundo elemento mais abundante da face da terra, não há limites com relação à matéria-prima para produção de células solares. A eletricidade gerada pelas células está em corrente contínua, que pode ser imediatamente usada ou armazenada em baterias.
Em sistemas conectados a rede, a energia gerada precisa passar por um equipamento chamado inversor, que irá converter a corrente contínua em alternada com as características necessárias para atender as condições impostas pela rede elétrica pública. Assim, a energia que não for consumida pode também ser lançada na rede.
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