Rondônia é terra sem limite onde tudo se admite. Terra de muitos chegantes, muitos passantes e poucos ficantes; e os ficantes poucos são fortificantes.
Foto: Divulgação
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Os mais antigos do que eu, aqui em Rondônia, já falavam: que Rondônia é terra sem limite onde tudo se admite. Terra de muitos chegantes, muitos passantes e poucos ficantes; e os ficantes poucos são fortificantes.
Dito isso, gostaria de voltar ao assunto do crime ambiental autorizado pelo secretário de Meio Ambiente do município de Porto Velho, que não teve autoridade suficiente de impedir que aquele crime fosse cometido, autorizar abater uma espécie em extinção, com mais de meio século de vida é, no mínimo, uma covardia. E o mais grave, a Castanheira estava numa área tombada pelo patrimônio histórico - via Iphan.
A justificativa do ‘destemido pioneiro’ foi que a empresa que está construindo o condomínio cumpriu com as exigências da legislação, ou seja, pagou a licença para que fosse autorizado o crime e entregou um número de mudas exigidas.
E seguida o engenheiro da obra, querendo justificar o crime disse que a árvore, por ser muito perigosa poderia no futuro causar algum dano nos frequentadores de festa que iria ficar próximo a árvore supostamente (no entender deste destemido pioneiro) iria provocar acidentes. A justificativa desses dois não convence ninguém.
Lembro que o museólogo Antônio Ocampo quando foi secretário da Sema – Secretaria Municipal de Meio Ambiente – negociou com os donos de uma faculdade aqui em Porto Velho o desvio de uma parede para que a Castanheira fosse preservada. E ela está lá até hoje, linda e maravilhosa.
Não muito longe dali, na Rua Rui Barbosa, existe uma outra Castanheira – que se confunde com a história do bairro da Arigolândia. Acredito que se o empreendimento fosse próximo a essas duas árvores históricas, o ‘zeloso’ e ‘eficiente’ secretário da Sema mandaria o seu engenheiro fazer os estudos e autorizava o abate.
Achei estranho que o nosso secretário da Sema, que normalmente vive na mídia divulgando as atividades de sua pasta, no caso desse crime não veio a público dizer ‘porque’ concordou com aquele crime. O bom senso manda que ele faça isso e em seguida peça demissão.
Quero, para encerrar, rogar a Deus que nos livre desses destemidos pioneiros. Espero que os órgãos fiscalizadores apurem e punam os responsáveis por mais esse crime. Pois nós já estamos cansados de ser terra sem limite, onde tudo se admite.
Veja o vídeo da derrubada, o crime contra o patrimônio, abaixo:
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