Composta em sua maioria por pneus velhos, a ornamentação recebeu um tratamento digno de acervo histórico. Para alojar as “peças de arte”, a prefeitura de Porto Velho locou um galpão ao preço mensal de R$ 5.500,00.
Foto: Divulgação
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A falta de critério da prefeitura de Porto Velho sobre o que é prioridade ou não para sua historia, vem causando a indignação de vários representantes de segmentos sociais que defendem a cultura do município.
Acontece que no início do mês de janeiro deste ano, sob a tutela do IPHAM e responsabilidade da fundação de cultura municipal, peças históricas que compõe o acervo do museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, foram alojadas ao relento, no pátio do também histórico e abandonado, prédio do relógio, antiga sede administrativa da EFMM.
O fato é que sequer foi alugado um container para alojar as peças, que são protegidas por lei federal, apenas lonas e pedras garantiam e integridade do acervo.
Porém, o dia de Reis havia chegado à capital rondoniense, e a prefeitura decidiu seguir a tradição cristã e retirar sua ornamentação natalina colocada nos canteiros das principais ruas e avenidas da cidade no último mês de dezembro de 2014.
Composta em sua maioria por pneus velhos, a ornamentação recebeu um tratamento digno de acervo histórico. Para alojar as “peças de arte”, a prefeitura de Porto Velho locou um galpão ao preço mensal de R$ 5.500,00 (Cinco Mil e Quinhentos Reais).
O contrato celebrado terá a duração de um ano de aluguel e sairá pela bagatela de R$ 66.000,00 (Sessenta e Seis Mil Reais ), tudo para garantir a integridade dos pneus.
Enquanto isso, grande parte do acervo histórico da Madeira Mamoré continua se deteriorando na chuva e sol típicos da Amazônia, porém os pneus do natal estão seguros e bem cuidados.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!