No início dessa semana funcionários da prefeitura, da Semusb, estiveram no complexo e a imprensa foi chamada para mostrar que eles estavam trabalhando. Nas imagens de uma nova reportagem eram mostrados alguns funcionários tirando lama e barro dos trilhos
Foto: Divulgação
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Há mais de duas semanas a cheia do rio Madeira baixou significativamente no Complexo Turístico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, neste ínterim um juiz federal, acompanhado de representantes da OAB-RO, Ministérios Públicos Federal e Estadual e da Prefeitura – Fundação Cultural e Semdestur – já estiveram no local vistoriando devido a uma denúncia impetrada na Justiça Federal pela Ordem – por descaso com o Patrimônio histórico da EFMM – e foi observado a sujeira, lama e a devastação causada pelas águas do rio nos galpões, trilhos e no entorno. A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) na mesma semana jogou água em alguns trechos do estacionamento com caminhões pipas, fazendo uma limpeza superficial, sem muita eficácia. A argumentação era que seria esperado o rio baixar mais.
Na sexta feira passada (02) a reportagem de uma TV local mostrou em rede estadual a ausência da prefeitura na limpeza do Complexo, exibindo a mesma sujeira e lama que estava na época da vistoria da Justiça Federal. A denúncia era clara, toda a área já era para estar pelo menos parcialmente limpa em seus pontos mais críticos, como os trilhos, os galpões e o escritório administrativo da estação ferroviária. Porém, como apontou a repórter que chegou a entrevistar frequentadores do complexo, não havia funcionários da prefeitura no local para limpar e apareceu somente algumas vezes com caminhões pipas para limpar a área de estacionamento.
No início dessa semana funcionários da prefeitura, da Semusb, estiveram no complexo e a imprensa foi chamada para mostrar que eles estavam trabalhando. Nas imagens de uma nova reportagem eram mostrados alguns funcionários tirando lama e barro dos trilhos com pás e juntando terra em alguns cantos.
O museólogo Antônio Ocampos Fernandes que tem acompanhado desde o início da cheia todo o processo de degradação do complexo e tem denunciado o descaso do município com a área e principalmente as peças que integram o acervo histórico – que viraram peças da denúncia da OAB-RO na Justiça Federal – relatou que não tem empenho da prefeitura em limpar a área e a ausência de um trabalho diário na retirada do entulho e barro do local é notório.
“Parece que a Prefeitura só manda fazer alguma coisa na Madeira-Mamoré quando é para mostrar na televisão. No dia seguinte ninguém aparece por lá. Pelo menos umas 3 ou 4 vezes quando estive na Madeira-Mamoré eu vi a reportagem da televisão e uma equipe da Prefeitura fazendo algo. Ontem (06) aconteceu a mesma coisa: televisão e prefeitura, e vejam o monte de terra que ficou e ninguém apareceu”, explicou ele quando estava no local realizando registros fotográficos
Hoje não apareceu ninguém da prefeitura e nos locais onde alguns funcionários retiravam com pás a lama e o barro nos dias que a reportagem se fez presente, somente montes de terra e serviços feitos pela metade. Com o novo maquinário e, de acordo com a assessoria da prefeitura, o “empenho total da administração” em efetuar as limpezas nos lugares já secos e possíveis, tá faltando um serviço efetivo sério e frequente para tentar resgatar o mais rápido possível o principal ponto turístico da capital e gênese pioneiro de Rondônia. Até lá, muito barro e entulho enfeiam toda a área e tornam o local insalubre.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!