Agentes penitenciários farão protesto por melhorias na classe

Da Redação

06 de Maio de 2014 às 14:10

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Agentes penitenciários farão protesto por melhorias na classe

Foto: Divulgação

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Em protesto pelas péssimas condições de trabalho nos presídios de Rondônia, os agentes penitenciários realizarão na quinta-feira (08) uma grande mobilização no pátio da Casa de Detenção Dr. José Mários Alves da Silva (Urso Branco), em Porto Velho. O evento acontece no mesmo dia em que Comissão Especial que monitora as medidas protetivas determinadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) estará reunida em mais uma reunião na unidade prisional.

O manifesto foi proposto pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores do Estado de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira, e aprovada por unanimidade pelos filiados, durante a Assembleia Geral Extraordinária ocorrida na segunda-feira (05), na sede social da capital. Na oportunidade, os servidores deixarão de fazer hora extra como protesto.

“Pior que está, não pode ficar. Os servidores trabalham no limite do risco e o Estado não está nem aí”, afirmou o líder sindical ao ressaltar que o sistema prisional rondoniense está prestes a explodir.

Anderson citou vários sinais de que isso pode acontecer, tais como as seguidas tentativas de fuga registradas recentemente na Penitenciária Edvan Mariano Rosendo (Urso Panda), bem como o assassinato de um preso na mesma unidade, túneis e fugas na Casa de Detenção de Ariquemes, movimentos subversivos em Jaru, princípio de motim na Penitenciária Ênio Pinheiro e tantos outros casos.

Um dos mais emblemáticos e que mostram a fragilidade do sistema, segundo o presidente do Singeperon, foi a fuga registrada na recém-inaugurada Penitenciária Estadual de Segurança Máxima Aruana, no dia 18 de abril, menos de um mês após 150 presos terem sido transferidos do Ênio Pinheiro.

Efetivo

O déficit no efetivo é apontado por Anderson como um dos problemas mais graves enfrentados pela categoria. “Ela (falta de efetivo) está insuportável e coloca em risco a vida de cada servidor. O governo precisa contratar com urgência mais agentes” desabafa Pereira.

O líder sindical lembrou ainda que “centenas de pais de família abandonaram os seus empregos com a expectativa gerada pelo Estado, que convocou para a academia de formação, capacitou os concursados com a promessa de posse, mas já se passaram meses sem respostas concretas e muitos estão desempregados”.

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