Foi grande a procura de informações sobre as doenças que afetam os rins durantetodo o dia desta quinta-feira, 13. O movimento foi na Praça Getúlio Vargas, em frente ao Mercado Cultural. As equipes que atuaramno local, não fizeram registro oficial, mas confirmaram a demanda. “Veio muita gente aqui”, disse a voluntária Raquel Moreira, da Associação Rondoniense de Renais Crônicos e Transplantados.
Além de informações e orientações, as entidades envolvidas na divulgação também ofereceram à comunidade exames de glicemia, verificação de pressão arterial e explicaram sobre os procedimentos para doação de órgãos.
Dona Eraldina Teles, de 62 anos,ficou preocupada com o resultado da glicemia que estava alta. “Ontem estava controlada, hoje já está assim, marcando mais de 200 miligramas”. Mario Domingos, 76, explicou que a pressão estava alterada em função da subida da ladeira, pois vinha daAvenida Sete de Setembro. A esposa, Eraldina reclamou que ele só vai ao médico quando adoece, e ainda assim, obrigado. O casal não tem problemas de rins, mas entendeu que o exame feito na praça é de grande valor.
A voluntária Maria de Jesus Rodrigues está com 57 anos e é paciente renal há 21. Ela lembra do primeiro dia que fez hemodiálise. ”São 21 anos, um mês e três dias, no começo foi um choque muito grande, mas depois disso comecei a ver como um dia especial, porque passei a me cuidar”.
Raquel Moreira, de 55 anos descobriu a doença há 15 anos, tentou todo tipo de tratamento com resultados parciais, mas ao ficar viúva três anos atrás teve um pique muito elevado de pressão arterial, e o único rim que ainda funcionava paralisou de vez. “Não teve outro jeito. Hoje faço hemodiálise três vezes por semana e tenho me sentido bem”.
As duas senhoras atuam como voluntárias na Associação que reúne os portadores de doenças renais no Estado. ”Agente contribui como pode”. Nenhuma das duas pode executartarefas domésticas, como lavar, cozinhar ou qualquer outra coisa.
A hemodiáliseé um processo pelo qual o excesso de fluidos e toxinas é filtrado mecanicamente do sangue quando os rins não conseguem fazer isso adequadamente. Durante o tratamento, o paciente senta ou deita perto de uma máquina de hemodiálise em uma clínica. Um enfermeiro ou técnico de enfermagem coloca duas agulhas na veia de seu antebraço. Ação conhecida como “acesso”. Uma agulha é conectada a tubos, que retiram o sangue do corpo para ser limpo e bombeado por uma máquina através de um dialisador. Todo osangue é filtrado através do dialisador diversas vezes. Ao longo do tratamento, o sangue volta para corpo através dos tubos ligados à outra agulha. Esse processo contínuo de filtração demora em geral de três a quatro horas por sessão e se repete pelo menos três vezes por semana.