A Feira do Porto que acontece aos sábados e domingos das 17h às 22h na Praça Aluízio Ferreira em Porto Velho não recebe apoio da Prefeitura Municipal de Porto Velho.
Os expositores que comercializam os seus produtos durante a programação do evento são responsáveis pelo cachê dos artistas, do DJ e do locutor.
Mas as despesas não ficam apenas no pagamento dos profissionais que se apresentam no coreto do logradouro público, além do fornecimento de lanche para os mesmos.
Cabe aos donos das barracaras, artesõese aos ambulantes, o pagamentoa quem tira o excesso da sujeira do local e a quem faz a manutenção do banheiro do Centro Gastronômico aos domingos.
A Associação Feira do Porto que existe há quatorze anos já instalou refletores na praça, adquiriu um telão e o serviço de som para garantir o lazer dos frequentadores, na grande maioria famílias.
Quando assumiu o cargo em maio do ano passado, o presidente da entidade, José Gonçalves da Cruz, procurou as secretarias municipais de Meio Ambiente, de Serviços Básicos e de Turismo, além da Funcultural, Emdur e Policia Militar.
“Enviamos oficio solicitando a poda das árvores, limpeza, segurança e apoio para os artistas que se apresentam na praça”, lembra ele, ressaltando que outra reivindicação é a instalação de banheiros.
Segundo José Gonçalves, os galhos das árvores já estão alcançando o chão e ruas escuras nas imediações da praça comprometem a segurança do público que ultrapassa três mil pessoas nos fins de semana.
Mesmo sem ter o apoio solicitado à administração municipal, os empreendedores que comercializam comida, artesanato e brinquedo na Praça Aluízio Ferreira recolhem seus impostos.
“Pagamos taxa pra tudo!”, reclamaa comerciante Ednalva Soares da Silva que administra a Barraca Tapioca da Didi, observando que é preciso estar em dia com pagamento dos tributos para não ser prejudicada, pois, para participar de algumas licitações é necessário estar quite.
Para o vice – presidente da Associação Feira do Porto, Maurício Gomes de Souza, é normal pagar imposto, mas ele observa que o caso da Feira do Porto deveria ser repensado.
“Nossa situação é atípica porque a Feira do Porto só acontece aos sábados e domingos das 17h às 22hs, totalizando quarenta horas por mês,mas recolhemos impostos como se estivéssemos funcionando diariamente”, esclarece Maurício que para conter despesas assume o papel de locutor aos domingos.
Versão da Prefeitura Municipal
A reportagem do Folha Jovem procurou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal para se posicionar diante das reclamações da Associação Feira do Porto.
Os esclarecimentos foram feitos através de e-mail. “A Prefeitura de Porto Velho tem participação efetiva na Praça Aluízio Ferreira, onde acontece a tradicional Feira do Porto”, diz o texto.
Segundo a Assessoria de Comunicação do Município, a limpeza do local é feita pela Secretaria Municipal de Serviços Básicos ( Semusb) .
Informou também que a Funcultural abre espaço para apresentação de grupos e artistas locais, sendo agendados previamente.
“Está programado um série de atividades para este semestre também”, informa a mensagem, adiantando que a Semdestur que gerencia o local deve realizar alguns ajustes.
A intenção, segundo texto enviado , é melhorar o atendimento à população e o trabalho dos permissionários de barracas.