Jornalista afirma que 'expedição pela 319' foi feita nas coxas pelo senador Acir Gurgacz

Jornalista afirma que 'expedição pela 319' foi feita nas coxas pelo senador Acir Gurgacz

Jornalista afirma que 'expedição pela 319' foi feita nas coxas pelo senador Acir Gurgacz

Foto: Divulgação

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O jornalista Assem Neto, do site Rondoniagora participou de uma expedição pela BR 319 a convite do gabinete do senador Acir Gurgacz, assim como vários outros jornalistas, que foram conhecer a realidade da rodovia, que está abandona há anos pelo governo federal, cuja reabertura vem sendo questionada pelo IBAMA e ONGs que atuam em defesa do meio ambiente. A questão é polêmica, pois a rodovia interliga Manaus (AM) com Porto Velho (RO) e seria uma via de acesso barata e rápida entre as duas capitais. Construída pelo governo militar, está abandonada e dificilmente será reaberta.

O senador Acir Gurgacz, cuja família possui negócios no ramo de transportes interestaduais em Rondônia e transporte coletivo urbano em Manaus, além de rotas para a Venezuela, também partindo da capital amazonense, tem interesse direto na reabertura da rodovia. Ele então decidiu “conhecer a estrada” e contratou uma produtora para fazer a imagens e convidou jornalistas rondonienses para acompanhar a expedição.

O jornalista Assem Neto, fez um desabafo em seu perfil no Facebook, onde afirma que o senador partiu em disparada na frente com a equipe de produção e largou todo mundo para trás, inclusive sua equipe de seguranças. Ao chegar em Manaus, o senador e seus assessores embarcaram em um voo particular, deixando jornalistas e equipes largados à própria sorte. Veja o relato de Assem:

“Selva, senador ! Quando seguranças militares de um senador, que é irmão de um governador, se vêem obrigados a comer conserva enlatada com ovo frito, no meio da selva, é por que algo está errado. Quando um comboio de 22 carros traçados se dissipa e lá atrás, sem comunicação alguma, motoristas e jornalistas são obrigados a dormir ao relento, onde não se vê um vagalume, é por que o desrespeito parece ser esporte. Quando o Exército manda bilhetinho cobrando o combustível emprestado às viaturas (para evitar que alguns viajantes pairassem entre cobras e onças), é por que constrangimento e falta de vergonha são defeitos incuráveis daqueles que vivem de babar ovo de chefe. Quando carros são abandonados na selva, com pneus furados e rodas quebradas, sem apoio mecânico, é por que o planehamento da viagem pensou apenas nas promoção pessoal de seu senador. Quando o pânico é generalizado, dentro de um carro prestes a desabar de uma ponte de madeira podre, sem um cabo ou máquina para dar suporte, é por que, como diz o ditado, tudo foi feito “nas coxas mesmo”. Falo dos assessores incompetentes do senador rondoniense Acyr Gurgaz, que quebraram acordo com a imprensa na missão de seis dias que se encerrou hoje: cruzar a transamazônica, entre Porto Velho a Manaus. Percorrer a pior estrada do país, mais conhecida como Rodovia Fantasma, foi excelente para o currículo e aprendizado. Mas frustrante para todos (digo todos) os demais membros da expedição (CUSTEADA PELO SENADO DA REPÚBLICA), exceto os puxassacos do parlamentar, que viajaram numa velocidade atroz, derramaram diárias pagas adiantadas pelo Congresso Nacional, encheram a cara em cada vilarejo que chegavam, negociavam notas de alimentos para garantir reembolso em Brasília, omitindo gastos com cerveja, e tomaram avião em Manaus, abandonando o restante da caravana que, acreditava-se, iria cobrir algum ato político com autoridades daquele estado, também interessadas na reabertura da BR 319. Até velhotes sem escrúpulos, exibindo espessos correntes em ouro maciço, ao volante de SW4 e Hilux, especialistas em babaovice, selecionavam quem deveria ser hospedado... e quem ficaria ao Deus-Dará. Parecia proposital, afinal uma caríssima produtora de Brasília estava à frente de todos, com holofotes direcionados ao parlamentar que não conseguiu reunir mais ninguém que representasse outras casas de leis. Foi um sufoco aos que não encontravam sequer sinal de celular para pedir socorro a alguém, aos que dependiam de água para manter a hidratação e biscoito para enganar a fome. Nem mesmo agência bancária há em comunidades onde tudo chega por água até Manaus e, até lá, por toyotas, mediante pagamento de fretes caríssimos. Cabe elogios à união e coletividade entre militares e repórteres, que se ajudavam como podia, enquanto o senador multimilionário, dono da empresa Eucatur, sequer se dignou a saber como estavam, lá na rabeta da expedição, os jornalistas que ele convidou com a falsa proposta de garantir alimentação e hospedagem Felizmemte foi possível comunicação com os chefes, que prestaram socorro financeiro aos seus funcionários, enquanto um oficial e seus comandados, também viajando sem diárias, negociava alojamento na imponente empresa que pertence á família Gurgaz. O desabafo é movido pela revolta ao presenciar o sofrimento de qwuem estava ali a trabalho, convidado sob promessas de logística não seria problema... Nada pessoal. Mas mentiram... e mentiram feio.”

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