ATMO e Central de Transplantes participam de ações durante Campanha Nacional de Doação de Órgãos
Foto: Divulgação
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O Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos foi comemorado no último dia 27 de setembro e para lembrar a todos da importância da data, a Central de Transplantes de Rondônia convidou a ONG Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO) para participar das ações desenvolvidas durante a semana, divulgando assim, a Campanha Nacional de Doação de Órgãos que acontece em todo o Brasil e que neste ano de 2013 teve como lema, “Seja o coração de outra pessoa”.
No último domingo(29), voluntários da Central de Transplantes e da ATMO estiveram no Espaço Alternativo de Porto Velho, local de grande aglomeração de pessoas de todas as idades que buscam a prática de esporte e lazer, excelente oportunidade para a divulgação da campanha.
Nos últimos dez anos, o Brasil dobrou o número de doadores, passando de 7.500 para 15.141 cirurgias. Apenas no primeiro semestre de 2013, foram realizados 11.569 procedimentos. O país é responsável pelo maior sistema público de transplante do mundo, com 27 centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos, 11 câmaras técnicas nacionais, 748 serviços distribuídos em 467 centros, 1047 equipes de transplantes e 71 organizações de procura por órgãos. E ainda assim, cerca de 40 mil brasileiros aguardam por um transplante.
A recusa no Brasil chega a 30%, e Rondônia está dentro da média nacional, com 80% das famílias já aceitando a doação. De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Edcléia Gonçalves, o processo de doação começa pela família.
“Só os parentes podem autorizar a retirada de órgãos. Se eu tenho um potencial doador, que pode salvar até 20 vidas e a família disser não, perdemos a chance. Por isso a importância de realizarmos atividades como esta de abordagem, de conscientização, tirando dúvidas e esclarecendo como deve proceder quem deseja ser doador de órgãos”, detalhou Edcléia.
Segundo a coordenadora, desde dezembro 2011, Rondônia já está preparada para realizar cirurgias de retirada de órgãos.
“Trata-se de uma equipe específica credenciada pelo Ministério da Saúde, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais que são preparados para entrevistar a família e acompanhar o diagnóstico de morte encefálica do possível doador. Após estes procedimentos estamos aptos a oferecer o órgão para uma central nacional da fila única do SUS que encontrará o receptor”, explica Edcléia.
Para o coordenador da ATMO, Lindberg Oliveira, o convite da Central de Transplantes também contribuiu para a divulgação do transplante de medula óssea, assunto amplamente divulgado pela ONG em todo o Brasil.
“Agradecemos o convite da Central de Transplante de Rondônia e claro, aproveitamos essa atividade para também educar as pessoas sobre o transplante de medula, pois este ainda é um tema muito desconhecido pela maioria da população. E quando se trata de salvar vidas, informação e conscientização devem andar de mãos dadas, e hoje é um dia propício para isso. A ATMO tem o maior prazer em participar de campanhas como esta”, declarou Lindberg.
TIRE SUAS DÚVIDAS
Como posso ser doador de órgãos e tecidos?
No Brasil, para ser doador de órgãos não é necessário deixar nada por escrito; basta avisar sua família, dizendo: “Quero ser doador de órgãos”. A doação de órgãos só acontece após a autorização familiar documentada. Quando a pessoa não avisa, a família fica em dúvida.
Doador falecido
É um paciente internado em unidade de terapia intensiva (UTI) com morte encefálica, em geral depois de traumatismo craniano ou derrame cerebral (AVC). A retirada dos órgãos é realizada no centro cirúrgico do hospital e segue toda a rotina das grandes cirurgias. A retirada de córnea pode ser realizada até 6 horas após a parada cardíaca.
Quais órgãos podem ser doados por um doador falecido?
Rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como córneas, pele e ossos, sempre após a autorização dos familiares.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos são transplantados para os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da central de transplantes da secretaria de saúde de cada Estado. Esse processo é justo e controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público.
Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
O diagnóstico de morte encefálica faz parte da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente e fazem o diagnóstico clínico de morte encefálica. Um exame gráfico, como ultrassom com doppler ou arteriografia, é realizado para comprovar que o encéfalo não funciona mais.
Após a doação de órgãos, como fica o corpo?
A retirada dos órgãos segue todas normas da cirurgia moderna; todo doador pode ser velado normalmente sem apresentar deformidades.
Doador vivo
É qualquer pessoa saudável que concorde com a doação de rim ou medula óssea e, ocasionalmente, com o transplante de parte do fígado ou do pulmão para um de seus familiares. Para doadores não parentes há necessidade de autorização judicial. Informações sobre doação de órgãos e tecidos
Disque saúde: 0800 61 1997
Central nacional de transplantes: 0800 6646 445
ABTO: (11) 3283-1753 / 3262-3353
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