O secretário de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), Marcelo Bessa, participou na manhã desta terça-feira (17), juntamente com o delegado Nestor Romanzini, responsável pelas investigações do caso “Naiara Karine”, e o diretor geral da Polícia Civil, Pedro Mancebo, da reunião da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa do Estado, presidida pelo deputado Euclides Maciel, prestando esclarecimentos sobre o andamento das investigações.
Dentro do limite do sigilo necessário para o bom andamento das investigações, o delegado Nestor Romanzini, e o secretário Marcelo Bessa, explicaram que a Polícia Civil continua trabalhando no caso de Naiara Karine, assassinada em janeiro deste ano, não descartando qualquer possibilidade para chegar a outros envolvidos no crime de grande comoção social.
Um acusado de envolvimento no crime, Marcos Antônio Chaves Silva, foi preso e está à disposição do Judiciário, e o delegado responsável esclareceu que uma das formas para identificação do mesmo foi através de um vídeo capturado no celular da vítima.
Segundo Nestor Romanzini o acusado confessou ter filmado e participado do ato de violência sexual.
O secretário de Segurança, Marcelo Bessa, agradeceu a oportunidade de poder esclarecer, perante a sociedade e parlamentares, sobre o andamento das ações. “Muitas vezes, por falta de conhecimento, um parlamentar pode falar coisas que não condizem com a verdade, mas os senhores tiveram essa cautela, inclusive nós gostaríamos que isso fosse uma atitude de praxe”.
O presidente da CDH, deputado Euclides Maciel, completou que a comissão foi instituída para ajudar. “Nós somos cobrados pela sociedade quando à solução dos crimes, e por isso criamos essa comissão, mas se não pudermos ajudar, também não estamos aqui para atrapalhar o trabalho da polícia”, declarou Maciel.
Marcelo Bessa fez questão de enfatizar que, “independente de se tratar de um caso de grande comoção social ou não, a Polícia Civil trabalha nas investigações de todos os casos que estão na Divisão de Homicídios com a mesma dedicação para solucioná-los, e para se ter uma ideia, temos 76% dos casos resolvidos”.
Investimentos
Presente na reunião, o representante da CDH da Ordem dos Advogados do Brasil e da Diocese de Porto Velho, Gustavo Dandolini, cobrou a Sesdec sobre investimentos que podem agilizar o processo de elucidação dos crimes. Quanto ao Instituto de DNA, o secretário Marcelo Bessa adiantou que já está previsto no Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica (Pidise) a construção de um laboratório equipado em Rondônia, e dessa forma não será mais necessário enviar material genético para o Amazonas, com o qual o governo de Rondônia mantém a parceria para tal.
Bessa lembrou que, através do Pidise, a Segurança Pública do Estado recebe uma injeção de R$ 130 milhões em investimentos, e que mais da metade desse valor já está com projetos prontos e processos na Supel para licitação. “O governo da Cooperação tem fortes parceiros, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que tem um leque de ações conveniadas beneficiando o setor no Estado”, disse o secretário.
Entre as ações, Marcelo Bessa também falou sobre o Sistema Integrado de Análise Criminal, que deve integrar as ocorrências policiais, desde o boletim de registro até a última ação do processo, o que facilitará a identificação dos casos desde o princípio, e até mesmo o detalhamento de informações e dados.
Participaram também na reunião o diretor da Divisão de Homincídios, Jeremias Mendes; o delegado Paulo Kakionis; o deputado Ribamar Araújo; o deputado Edson Martins; e o deputado Edvaldo Soares.