USINAS - Presidente da Santo Antônio Energia defende implantação de seis novas turbinas

Esse limite existe, segundo o executivo, porque a concessionária terá que fazer o dimensionamento da casa de força que abrigaria as seis turbinas adicionais

Da Redação

05 de Abril de 2013 às 16:31

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USINAS - Presidente da Santo Antônio Energia defende implantação de seis novas turbinas

Foto: Divulgação

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Este é um projeto que melhor aproveita o potencial energético gerado” afirma Eduardo Melo Pinto

A elevação da cota do reservatório da Usina Santo Antônio e o consequente aumento da produção de energia foi tema de entrevista exclusiva do presidente da Santo Antônio Energia, engenheiro Eduardo de Melo Pinto ao jornal Rondoniaovivo na última quarta-feira (3).

O consórcio construtor aguarda parecer favorável para o implemento de seis novas turbinas, aumentando sua capacidade produtiva. O pedido foi feito há cerca de dois anos para a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. Com o cronograma da obra adiantado, pouco menos de quatro meses separam a pretensão da realidade, já que após este período, a obra entra em estágio que não permite as adequações necessárias na barragem.

Mas as pretensões do grupo empresarial esbarram na forte oposição de ESBR – Energia Sustentável do Brasil que constrói a Usina Hidrelétrica de Jirau a cerca de 100km a montante de UHE Santo Antônio.

Os responsáveis pela UHE Jirau afirmam que sofrerão uma queda na sua geração de energia, além que a elevação do lago causaria um impacto socioambiental bastante significativo, com riscos de alagar, no período de chuvas, parte do distrito de Jaci Paraná, da rodovia BR-364 e da histórica Ferrovia Madeira-Mamoré, que tem ponte atravessando o rio nesta região.

A celeuma entre os consórcios chegou até o MME – Ministério das Minas e Energia, ANA – Agência Nacional de Águas e Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. Em Rondônia o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal ajuizaram, na Justiça Federal, ação civil pública ambiental, com pedido de liminar, para determinar à empresa Santo Antônio Energia que mantenha a cota máxima no reservatório da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em 70,5m, conforme autorizado pelo órgão licenciador, sob pena de multa diária no valor de R$ 200 mil. A preocupação é com possíveis impactos ambientais não previstos. Na ação, os MPs pediram que o IBAMA não autorize ou emita qualquer licença ambiental referente à elevação da cota.

“O projeto de ampliação da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, precisa ser aprovado até o início do segundo semestre para não se tornar inviável” afirma o presidente da concessionária Santo Antônio Energia, Eduardo de Melo Pinto, em tom de apelo à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante entrevista ao Rondoniaovivo.

Melo Pinto afirmou que precisa obter o aval da Aneel "até meados do ano ou princípio do segundo semestre" para não prejudicar o cronograma de construção da usina. Esse limite existe, segundo o executivo, porque a concessionária terá que fazer o dimensionamento da casa de força que abrigaria as seis turbinas adicionais. "Depois, fica inviável (fazer a ampliação)", observou.

Para viabilizar a mudança, é preciso elevar a cota (altura) máxima dos reservatórios, dos atuais 70,5 metros para 71,3 metros. A Aneel havia prometido deliberar sobre o assunto no ano passado, mas não tomou nenhuma decisão.

Quanto as questões ambientais, Melo Pinto diz que o impacto será "muito pequeno" e defendeu a ampliação como aproveitamento otimizado dos recursos hídricos do Madeira.

“O projeto já foi avaliado em termos ambientais pelo IBAMA, porém ainda não temos licenciamento pois ainda estamos em fase de aprovação. No entanto temos uma manifestação bastante favorável do Ibama feitas a partir de estudos e informação passadas por nós. Este é um projeto que melhor aproveita o potencial energético gerado”, concluiu o executivo.

CONFIRA ENTREVISTA ABAIXO

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