Após quatro dias do cumprimento do mandado de reintegração de posse de uma área de terra localizada no bairro Jardim Santana II, uma comunidade inteira permanece tendo como residência o gramado do Palácio Tancredo Neves, sede do poder municipal em Porto Velho.
Os moradores, que alegam não terem para onde ir, precisam de doações de alimentos, material de higiene pessoal, cobertores e roupas. As condições sanitárias do local são preocupantes.
No espaço público, apenas um banheiro químico é divido para um grupo de aproximadamente cinqüenta pessoas. Entre os desapropriados chama a atenção o numero de crianças e idosos, faixa etária que mais sofre com o forte calor e o sereno da madrugada.
O local virou ponto de peregrinação de muitos vereadores da capital, a grande maioria deles conversou com a comunidade, porém de efetivo, nada foi resolvido e os desalojados continuam perecendo em praça pública.
De acordo com o Chefe de Comunicação da prefeitura de Porto Velho, Emerson Lopes, a situação é delicada, porém a prefeitura disponibilizou o espaço interno de sua sede para que a comunidade desabrigada possa utilizar da estrutura de água e banheiro.
“O prefeito está buscando na justiça a solução para essa comunidade. Um processo na Procuradoria Geral do Município reivindica a posse da área, pois ela foi doada ao município de Porto Velho pelo INCRA no ano de 2009, porém enquanto estiver tramitando, a prefeitura continua seu trabalho de até o próximo ano, entregar dez mil residências à comunidade carente da capital”, afirmou Emerson Lopes.
Longe de ver a situação definida, a comunidade continua esperando na grama do Palácio Tancredo Neves.