Drama
As famílias que foram despejadas de uma área no bairro Jardim Santana estão vivenciando uma situação rotineira em Porto Velho. Grande parte da cidade foi construída em áreas invadidas, nas décadas de 80 e 90. Bairros inteiros como Jardim Eldorado, JK, Jardim Santana, Ulisses Guimarães, Belvedere, Marcos Freire e dezenas de outros iniciaram exatamente dessa forma, com populares entrando, limpando e construindo. Não sou favorável a invasões, mas em Porto Velho as coisas fogem ao controle devido a ineficácia do poder público.
Reunião
Uma reunião entre representantes das famílias despejadas e um grupo de vereadores aconteceu na tarde desta segunda-feira na Câmara. Um dos moradores da área fez um questionamento interessante a respeito dos chamados programas sociais, ele questionou o porquê do poder público não lhes dar um terreno ao invés das casas do programa “Minha Casa Minha Vida”, que segundo ele são pequenas, existe uma burocracia enorme e em muitos casos sequer são concluídas. Sua linha de raciocínio faz sentido. Em Porto Velho, ao menos três conjuntos que deveriam atender as famílias carentes estão com obras paralisadas há anos e sem nenhuma solução. Sem contar que as construtoras utilizam material de quinta categoria nessas construções.
Impasse
Para completar o drama das famílias do Jardim Santana, a prefeitura descobriu que a área em litígio não tem documentação, ou seja, Júlio Flores, que alega ser o proprietário não é. Se isso ficar comprovado, a questão é ainda mais grave. Primeiro por ele ter induzido a justiça a erro, e segundo pelos prejuízos causados a essas pessoas. Casas foram demolidas com tratores, a maioria perdeu o pouco que tinha, sem contar que eles estão acampados em condições precárias em frente a prefeitura, em barracas de lona plástica, expondo suas crianças as condições climáticas, ou seja, calor demais, chuva demais e conforto zero.
Apoio
A Câmara vem se empenhando em resolver a situação o quanto antes. Agora a coisa saiu da esfera política e está nas mãos do judiciário. Estão sendo estudadas alternativas para alojar essas famílias enquanto a situação se resolve na justiça. Nesta terça-feira foi marcada nova reunião para que os vereadores possam atualizar os representantes dos acampados sobre o andamento da questão. É bem provável que essa semana ainda a coisa resolva. Vamos torcer para que isso ocorra o quanto antes.
Falando em cidadania
Os moradores das margens do Rio Jamary e da comunidade Agrovila, próximo ao distrito de São Carlos, estão desde às 14 horas de sexta feira sem energia elétrica, apesar das centenas de ligações feitas para o atendimento 0800 da empresa. Um verdadeiro absurdo que isso ocorra, principalmente com o forte calor que vem fazendo nos últimos dias. Essas pessoas estão perdendo seus alimentos que estavam refrigerados, sem contar o drama que é ficar sem eletricidade. Lamentável que até hoje a central de atendimento da Eletrobrás esteja funcionando em outro estado, por pessoas que não tem o menor conhecimento da situação de Rondônia.
O senador
Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB, bem que poderia intervir nessa questão junto à Eletrobrás e implantar aqui em Rondônia uma central de atendimento e monitoração. Um forte raio caiu na região de São Carlos e desligou um sistema de proteção da rede de energia elétrica conhecido como “canela”, que fica próxima ao transformador. O procedimento é relativamente simples, pois basta uma vara apropriada para religar a canela. Porém nada foi feito pela concessionária. Se houvesse por aqui uma central de atendimento, ficaria mais fácil até de reclamar. Atualmente quando o usuário reclama demais, eles desligam o telefone na cara e a pessoa fica falando sozinha.
Mais consumidor
Quem já tentou fazer um financiamento para moradia na Caixa Econômica Federal conhece bem a maratona burocrática que o banco impõe aos compradores. Só falta pedir um exame de DNA da pessoa, um verdadeiro absurdo. Pior ainda é que, ao comprar uma casa, o mutuário, antes mesmo de entrar tem que gastar uma pequena fortuna em taxas impostas pela Caixa. E estamos falando dos compradores de casas de até R$ 150 mil. Sei não, mas acho que “casa popular” ficou mais ou menos como “carro popular”, ou seja, de popular só o nome mesmo.
Breu
Que os viadutos estão emperrados não é novidade nenhuma, mas até hoje ninguém apresentou nenhuma justificativa plausível sobre a falta de iluminação na BR 364 no trecho Ulisses-Trevo do Roque. Um verdadeiro absurdo. Pior são as conversas que surgem. Alguém disse, e um monte de gente acreditou, que a falta de iluminação ocorre porque um piloto de avião teria confundido a BR iluminada (não lembro disso) com a pista do aeroporto.
Debutante
Eduardo Valverde Filho, filho do deputado federal Eduardo Valverde morto em acidente automobilístico há dois anos, assumiu a presidência da juventude do Partido Ecológico Nacional (PEN), presidido pelo empresário Kazan Roriz de Carvalho, pré-candidato ao governo do Estado.
Aliás
O PEN vem, aos poucos, conquistando um importante espaço político. Nas próximas eleições deve surpreender, principalmente pela disposição em agregar pessoas comprometidas com o bem estar social. É esperar para conferir.
Aniversário
O PMDB foi homenageado na sessão de segunda-feira na Câmara Municipal de Porto Velho. A vereadora Ana Maria Negreiros, emocionada, fez um discurso relembrando a história do partido que esteve presente nos grandes momentos políticos do País e atualmente é a maior legenda. O senador Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB não pôde comparecer, mas enviou uma carta que foi lida pelo presidente Alan Queiroz onde ele ressaltou a importância de seu partido para o Brasil.
Fratura de fumante demora mais a curar
Um estudo da Universidade da Filadélfia dá prova à constatação de que fumantes levam mais tempo para se recuperar de fraturas e têm mais chances de complicações em pós-operatório de traumas. Os resultados mostram que, entre todos os tipos de lesões, ossos fraturados de fumantes levam seis semanas a mais para se recuperarem, em comparação com os não fumantes - 30,2 semanas, contra 24,1. Outro resultado indica que fraturas de quem fuma tem 12.3 mais chances de não calcificarem direito e ficarem sem curar. - O tabagismo é amplamente reconhecido como uma das principais causas de doenças evitáveis nos EUA, mas tem havido uma falta de evidência de outros efeitos colaterais de fumo, por exemplo, como ele muda a forma como os nossos ossos curarem - disse Samir Mehta, chefe do Serviço de Ortopedia e Trauma Fratura na Penn Medicine. - Nosso estudo adiciona suporte substancial para as evidências que mostram que fumar leva a um risco significativo para a fratura de pacientes. Estes riscos precisam ser abordados com o paciente no momento da lesão e quando se prescreve o tratamento cirúrgico.
Os estudos incluíram análises de fraturas na tíbia, fêmur e bacia, tornozelo, úmero e múltiplos ossos longos. No total, 6.480 casos de fratura, com ou sem indicação cirúrgica, foram avaliados.