Em mediação realizada nesta quinta-feira (22), na sede do Sindicato da Construção Pesada (SINICON) em Porto Velho, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), não foi possível chegar a um entendimento para assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013; entre os motoristas que transportam os funcionários da Usina de Santo Antônio, representados pelo sindicato SINTTRAR, e os donos de empresas de ônibus.
O impasse permanece após cinco rodadas de negociação; sendo que a reivindicação inicial dos motoristas era de 15% e a contra proposta patronal foi de 6%. Durante a mediação anterior, no dia 1º deste mês, os motoristas reduziram para 12% e os patrões chegaram a 7%; tendo então a SRTE apresentada uma proposta de conciliação de 10% no piso da categoria e 8% nas demais cláusulas. Nenhuma das partes havia aceitado a proposta da mediação.
Nesta quinta-feira, durante a mediação, os motoristas aceitaram a proposta da SRTE, mas as empresas a recusaram, permanecendo o impasse. Chegou a ser cogitada uma nova proposta patronal de 8% no piso e 7% nas demais cláusulas, a qual só seria oficializada mediante a aceitação imediata; como teria que ser feita uma Assembleia antes da aceitação, a proposta foi retirada.
Na próxima segunda-feira (26), será realizada uma Assembleia da categoria na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (SINTTRAR), para avaliar as negociações e deliberar sobre a eventual aceitação da última proposta patronal (que só seria oficializada mediante aceitação de todo acordo) ou a rejeita e aprova greve por tempo indeterminado, que começaria após 72 horas.
Para o presidente do SINTTRAR, Antônio Carlos Da Silva, e para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), está havendo intransigência patronal; pois além de não aceitarem a proposta de mediação da SRTE, eles sequer oficializaram uma nova proposta. Para os dirigentes sindicais fica claro que parte dos patrões prefere uma greve para tentarem conseguir um índice menor na Justiça do Trabalho.