Precauções
A Assembleia Legislativa se prepara para a leitura e votação do relatório que pode cassar o mandato dos deputados envolvidos na Operação Termópilas. A Casa prevê a possibilidade de tumulto no dia da sessão e por isso já começa a se preparar. O acesso ao plenário da Assembleia será feito mediante senha, dada a limitada capacidade de cadeiras. Mas do lado de fora serão instalados telões para que quem não puder entrar, possa estar vendo o processo. O acesso será garantido a todos até o limite da capacidade. Portanto, quem quiser participar desse momento histórico vai ter que chegar bem cedo.
Fato consumado
Para o presidente Hermínio Coelho a cassação de Valter Araújo é um “fato consumado”. Para Hermínio não existe outra alternativa a não ser a perda do mandato do deputado que está na condição de foragido da justiça desde dezembro de 2011. Em relação aos demais acusados, Jean Oliveira, Epifânia Barbosa, Ana da 8, Saulo da Renascer, Zequinha Araújo, Flávio Lemos e Euclides Maciel o presidente disse que “as acusações são convincentes e cada caso está sendo analisado pela comissão processante”. A certeza é que eles serão punidos.
Greves
Além da saúde que está paralisada, os servidores da Secretaria de Administração também prometem parar a partir de segunda-feira, 21. Eles querem que o governo encaminhe para a Assembleia o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria. Os servidores da saúde querem o mesmo.
Mas
Eles querem mais. De acordo com os sindicalistas o PCCS da saúde está pronto desde o governo Cassol e bastariam algumas atualizações nas tabelas para o projeto ser encaminhado para a Assembleia. Eles alegam que cansaram de falar com o chefe da Casa Civil Juscelino Amaral, que já foi interventor do Sindsaúde e agora querem ouvir o governador. Nesta quinta-feira sindicalistas se reúnem com promotores no Ministério Público e vão pedir que o MP intermedeie uma reunião com Confúcio.
Condições
O pessoal da saúde também quer, além da atualização salarial, melhores condições de trabalho. Segundo eles, o pronto socorro João Paulo II não tem a menor condição de estar funcionando. Eles reconhecem que a culpa não é do atual governo, dizem que durante a gestão Cassol não havia reivindicações por que o “sindicato era vendido” e só agora eles puderam perceber a dimensão causada por esse problema. Eles alegam que a defasagem salarial é imensa e citam como exemplo os profissionais de nível superior, que antes recebiam cerca de 10 salários mínimos e agora representa cerca de 3,5 salários.
Empresa
Os sindicalistas, tanto do Sindsaúde quanto do Sintraer querem explicações do governo em relação a contratação da empresa Leme Consultoria e Desenvolvimento Humano feito sem licitação em dezembro passado, conforme revelado por PAINEL POLÍTICO. Todo mundo quer saber por que agora o governo pretende contratar, dessa vez com licitação, uma empresa para fazer o mesmo trabalho encomendado ano passado e agora com o valor de pouco mais de R$ 8 milhões. A licitação está prevista para o dia 21 de junho.
Corrigindo
Na coluna anterior dissemos que o “Sesc participa da Ação Global”, na verdade é o SESI que realiza o serviço em parceria com a Rede Globo. Ambos integram o chamado “Sistema S”, que inclui ainda o Senac, Senai e Sest.
Informação
Com a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, órgãos e empresas públicas estão obrigados a publicar na internet os salários e vantagens de todos os funcionários públicos concursados e detentores de cargos de confiança. Com a lei, qualquer cidadão pode requerer de órgãos públicos informações sobre documentos, gastos, receitas, enfim, um verdadeiro “terror” para quem prefere manter as coisas embaixo do tapete. Por aqui, alguns órgãos estão se movimentando para atender essa exigência da lei. Eles também precisam disponibilizar na internet todos esses dados.
FUJU
Já que o assunto é acesso a informação, uma pergunta ao Tribunal de Justiça: onde e como estão sendo gastos os recursos arrecadados pelo FUJU? Pela lei, deveria estar sendo gasto em estruturação, aperfeiçoamento e melhorias do Poder Judiciário.
Mais greve
Servidores da Universidade Federal de Rondônia e mais 24 outras federais paralisaram suas atividades.
No Senado
Ivo Cassol “”descascou” a atual gestão do Idaron, que está sob gerência do Partido dos Trabalhadores. De acordo com o senador, o órgão virou um “cabide de empregos” e está desfazendo todo o trabalho deixado pelos ex-diretores. O PT contra-atacou com a publicação de notas assinadas pelo dirigente Davi Nogueira, afirmando que o Idaron nunca esteve tão bem e afirma que isso só foi possível graças ao trabalho de Epifânia Barbosa (presidente do PT afastada por envolvimento na Operação Termópilas) e do governador Confúcio Moura.
Com razão
Cassol investiu pesado no combate a aftosa em Rondônia. Seja por interesse próprio (é um grande pecuarista) seja por uma política mais ruralista, o italiano mantinha a agricultura e a Idaron com mão de ferro. O controle sanitário era absoluto e demorou para o Estado ganhar o selo que permite a exportação de carne. Em que pese o fato dele manter oposição ao atual governo, Confúcio errou feio ao entregar Seagri e Idaron nas mãos do PT.
Apagados
A bem da verdade as pastas gerenciadas pelo PT estão bem apagadas. O Idaron é presidido por Marcelo Henrique (que disse não poder sair do cargo mais pobre que entrou) e a Seagri está nas mãos do ex-deputado federal Anselmo de Jesus. Tanto a Idaron quanto a Seagri eram valorizadas no governo Cassol. São pastas extremamente importantes e mesmo assim não conseguem mostrar serviço. A Idaron se gaba de ter conseguido aprovar o PCCS dos servidores, mas não fala nada sobre investimentos no setor. Já a Seagri nem isso faz.
Avaliação
O governador já teve tempo mais que suficiente para avaliar o trabalho do PT dentro de sua administração e poderia muito bem rever essa situação. O PT já mostrou que não sabe administrar nada e a bem da verdade já deveria ter pedido para sair do governo. Se setores como saúde e educação estão em crise, na agricultura e pecuária, responsáveis pela balança comercial positiva, estão abandonados. O PT é bom para fazer barulho quando está fora da administração. Quando entra silencia e não consegue mostrar serviço e ainda usa o argumento de “estar sendo perseguido”.
Contatos
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Medicamento anti-HIV é seguro para grávidas
A exposição à droga anti-HIV tenofovir não causa efeitos colaterais como defeitos congênitos, anormalidades de crescimento ou problemas renais em crianças nascidas de mulheres africanas HIV positivo, de acordo com um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores internacionais publicados no “PLoS Medicine” desta semana. Os pesquisadores analisaram dados coletados em grávidas e bebês de Uganda e do Zimbábue que tomaram o antirretroviral durante a gravidez no programa Desenvolvimento de Terapia Antirretroviral na África (DART, na sigla original), um grande estudo controlado aleatório que comparou diferentes abordagens de monitoramento em mais de três mil adultos. Como parte do estudo, os pesquisadores coletaram dados de qualquer grávida do projeto, incluindo os remédios que tomavam e os bebês foram acompanhados até os 4 anos. A maioria das mulheres que engravidou estava (e continuou) tomando uma combinação de drogas anti-HIV, incluindo tenofovir, e de 226 nascimentos vivos, os pesquisadores registraram que não houve aumento na proporção de crianças que morreram logo após o nascimento (3%) ou tiveram defeitos congênitos (3%), comparando quem teve exposição ao coquetel de medicamentos com quem não tomou os remédios.